Depois da posse no Parlamento, perante 50 deputados e 29 convidados, Marcelo passa tarde no Porto
Cerimónia na Assembleia da República começa pelas 10h15. Depois de passar pelos Jerónimos e Palácio de Belém, Marcelo segue para o Porto, para se encontrar com as diversas confissões religiosas, como fez há cinco anos em Lisboa.
Não se sabe ainda se Marcelo Rebelo de Sousa vai repetir o gesto inédito de há cinco anos, quando chegou à Assembleia da República a pé, descendo a Calçada da Estrela, vindo da casa dos pais, mas o resto do programa do primeiro dia do segundo mandato obedece a guião – imprevistos são, no entanto, sempre uma hipótese com Marcelo.
A cerimónia da tomada de posse no Parlamento começa às 10h mas apenas com meia centena de deputados e 29 convidados protocolares na sala do plenário, devido às restrições da pandemia. Eduardo Ferro Rodrigues abre a sessão e suspende-a logo a seguir, para receber o Presidente e o primeiro-ministro. O presidente do Parlamento recebe Marcelo Rebelo de Sousa na escadaria exterior às 10h20, um minuto depois de ser içado o pavilhão presidencial (a bandeira que indica a presença do Presidente da República. O Presidente recebe as honras militares, ouve-se o hino nacional e ambos passam revista à guarda de honra.
Em cortejo, entram no palácio, passam pela sala de visitas onde estão o primeiro-ministro e a mulher; a vice-presidente da AR Edite Estrela; a mulher de Ferro Rodrigues; e dois secretários da Mesa da Assembleia e seguem para o plenário. Ali, Marcelo fará o habitual juramento com a mão sobre a lei fundamental: “Juro por minha honra desempenhar fielmente as funções em que fico investido e defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa.” Seguem-se os discursos de Ferro Rodrigues e do novo Presidente.
Os convidados, limitados às 12 primeiras posições do protocolo de Estado, estarão espalhados pelas galerias e tribunas. O primeiro-ministro, os quatro ministros de Estado (Economia e Transição Digital, Negócios Estrangeiros, Presidência e Finanças) e o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares na bancada do Governo; os antigos Presidentes da República Ramalho Eanes e Cavaco Silva e as respectivas mulheres, assim como as mulheres do primeiro-ministro e do presidente do Parlamento e o presidente da Conferência Episcopal na tribuna presidencial; o Núncio Apostólico e o decano do Corpo Diplomático na tribuna diplomática. Nas várias galerias estarão ainda os presidentes dos supremos tribunais de Justiça e Administrativo, dos tribunais Constitucional e de Contas, a procuradora-geral da República, a provedora de Justiça, os chefes dos três ramos das Forças Armadas (Exército, Armada e Força Aérea), o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas e o presidente da Câmara de Lisboa.
Foram ainda convidados, como é da praxe, todos os candidatos presidenciais, mas apenas aceitaram o convite Ana Gomes, Tiago Mayan Gonçalves e Vitorino Silva; André Ventura estará presente enquanto deputado do Chega.
Do Parlamento, Marcelo segue para Belém: no Mosteiro dos Jerónimos deposita coroas de flores nos túmulos de Luís de Camões e de Vasco da Gama; e chega às 12h15 ao Palácio de Belém, onde é recebido por uma guarda de honra. Na sala das Bicas recebe a banda das três ordens, que é o símbolo do Presidente e de grão-mestre das ordens honoríficas nacionais.
E daí ruma ao Porto, para se encontrar com o presidente da câmara e presidir, nos paços do concelho, a uma cerimónia ecuménica com representantes de diversas confissões religiosas presentes em Portugal, numa repetição do que fez há cinco anos na Mesquita de Lisboa. A última paragem antes do regresso a Lisboa é no centro Cultural Islâmico do Porto, pelas 16h30. Não foi ainda divulgado se Marcelo Rebelo de Sousa terá mais programa oficial ao fim da tarde ou à noite.