Pela Pátria, raspar, raspar!

Tal como todos os sectores da governação, a cultura é também arma de arremesso político e de enorme hipocrisia. A que acresce uma coisa aborrecida: o paternalismo estatal.

A “raspadinha do património” está prevista no art. 248.º do Orçamento do Estado para 2021. Este novo jogo social, concessionado à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML), verá os seus “resultados líquidos (…) integralmente atribuídos ao FSPC (Fundo de Salvaguarda do Património Cultural)”. O Programa do actual Governo prevê “[l]ançar medidas para promover o envolvimento de todos na missão nacional de reabilitação do património cultural, nomeadamente criar a “Lotaria do Património” e uma campanha “Um Cidadão, Um Euro” para o património cultural”. Falta saber como cobrar esta última…

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