PÚBLICO aposta nas transmissões em directo e lança o Ao Vivo
O PÚBLICO vai lançar o Ao Vivo, marca que agregará programação regular — uma série de formatos inéditos, assinados por jornalistas e cronistas da casa — e uma aposta crescente nos “live streamings” colados à actualidade, sejam os debates, seja a entrevista. A partir de dia 4 de Fevereiro, no site e nas redes sociais do jornal.
O Ao Vivo nasce no actual contexto, pandémico e de um novo e apertado confinamento, mas pretende ir para além dessa circunstância, encerrando uma vontade de o jornal e os seus rostos de sempre se aproximarem ainda mais dos seus leitores. As transmissões em directo fomentam essa interactividade.
O PÚBLICO sai da sua “zona de conforto" para “procurar novas soluções” de ligação aos nossos leitores e “vai usar as plataformas digitais para alimentar debates, diálogos, conversas sobre temas da actualidade, usando recursos novos, dinâmicas novas, sem nunca prescindir dos elementos de rigor, de exigência e de sentido de serviço público que fazem parte da nossa tradição jornalística”, explica o director do jornal. “Vamos ter conversas mais associadas aos temas da actualidade, conversas com alguns dos nossos colunistas e temas associados a assuntos mais distendidos do nosso quotidiano, como por exemplo a gastronomia. Vamos apostar — até porque essa é uma das nossas marcas fortes — como sempre na cultura e vamos apostar na relação que temos com o mundo da lusofonia”, detalha Manuel Carvalho.
Uma página dedicada, que estará disponível a partir de quinta-feira, 4 de Fevereiro, vai então agregar formatos regulares, com diferentes periodicidades, da política à gastronomia, passando pela tecnologia e pelos livros, bem como formatos irregulares, nos quais o PÚBLICO quer apostar ainda mais, como o debate e a entrevista, (quase) tudo em directo, no site e no Facebook e no YouTube do jornal.
O “esboço de programação”, feito ao longo das últimas semanas, inclui: “4.0” (tecnologia, futuro, inovação), com João Pedro Pereira, Karla Pequenino e Pedro Esteves, “Jango” (temas africanos), com António Rodrigues, “Não grites, olha os vizinhos!” (política, cidadania, cultura), com Vítor Belanciano, “Conversa Ímpar” (parentalidade, bem-estar, moda, beleza), com Bárbara Wong e que nasce do universo da Ímpar, “Pratos Limpos” (gastronomia e alimentação), com Alexandra Prado Coelho e Miguel Pires, e “PGlobal” (política internacional e comunidades portuguesas), com Leonete Botelho.
O clube de leitura do PÚBLICO e da Folha de S. Paulo, o “Encontro de Leituras”, que se estreou em Dezembro e terá na próxima terça-feira, dia 9 de Fevereiro, a sua terceira edição, integra o “chapéu” Ao Vivo, mas mantém-se para já uma experiência à porta fechada, ou seja, sem transmissão.
Com Rui Tavares e João Miguel Tavares, nasce também o formato “Conversas de Última Página”, em que os cronistas do PÚBLICO vão levantar o véu sobre o processo de escrita dos seus textos no jornal e responder a perguntas colocadas pelos leitores. “A Hora do Público” (debate) e “Entrevista com” serão os formatos que se querem mais colados à actualidade.
A maioria destes conteúdos nascerá, nesta fase, no digital. Serão emissões do e no digital, mas há excepções, como o “Não grites, olha os vizinhos!”, de Vítor Belanciano, que será emitido, logo que haja condições para tal, a partir do espaço cultural Casa Independente, em Lisboa.
Alexandra Prado Coelho, jornalista do PÚBLICO desde a fundação do jornal e que acompanha desde 2011 a área da alimentação, terá conversas quinzenais com Miguel Pires, crítico gastronómico e autor do site Mesa Marcada. Os seus “Pratos Limpos” serão, nas palavras da jornalista, “um encontro” em que os dois conversarão “sobre tudo o que é ligado à comida, à gastronomia, aos chefs, aos restaurantes, à produção, à agricultura, novos ingredientes, produtos, etc.”. “Tudo o que nos passar pela cabeça falar. E vamos ter sempre um convidado, que vai ser sempre uma pessoa também ligada a estes temas.” No final, na rubrica “Hoje há, amanhã não sabemos”, ambos deixarão sugestões “ligadas à comida": “pode ser um prato, um restaurante, um vinho, um livro ou até uma série de televisão”. Um dos vários formatos criados agora de raiz.
Já o “PGlobal" de Leonete Botelho, por exemplo, é uma extensão de um projecto que já tem raízes no PÚBLICO e manterá a linha do site, apesar de dar um salto. “Nós quando criámos o PGlobal pensámos nas comunidades [portuguesas], agora a ideia evoluiu e nós queremos é criar uma comunidade. O que queremos é de alguma forma juntar pessoas que estão em diferentes geografias, em diferentes lugares do mundo, e pô-las a conversar uma vez por mês, num formato por país em cada mês, em que podemos escolher algumas personalidades-chave para o tema que em cada momento também se justifique”, explica a jornalista.
Seja através da interacção com estes jornalistas durante os lives, seja através dos canais mais tradicionais, como o email, o jornal convida aos leitores a participarem na construção do Ao Vivo. “É um desafio que vos queremos lançar, a todos vós, os nossos leitores, para se associarem a este projecto, para o conhecerem, para contribuírem com as vossas sugestões, com as vossas ideias, com as vossas próprias reflexões, sobre aquilo que nós podemos e devemos fazer neste caminho novo que abrimos. E que dessa forma nos ajudem a tornar o PÚBLICO ainda mais forte, mais relevante e mais importante para o conhecimento e a informação em Portugal”, sublinha Manuel Carvalho.
Notícia editada a 7 de Fevereiro, às 18h10, corrigindo o nome de um programa ("Não Grites, olha os vizinhos!").