Covid-19: Festival DocLisboa altera programação e coloca-a online

“Porque o festival mantém o compromisso de promover um olhar e debate atentos em torno do cinema”, o DocLisboa propõe, em alternativa, um ciclo de filmes e conversas online a partir da programação desenhada em Janeiro e Fevereiro.

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Nheengatu - A Língua da Amazónia, co-produção luso-brasileira, do realizador José Barahona, abriu o festival em Outubro passado DR

O festival de cinema DocLisboa, que tinha sido dividido em módulos para se ajustar ao contexto da covid-19, voltou a sofrer alterações, com adiamento de programação e colocação de filmes online, foi anunciado esta sexta-feira.

Com as salas de cinema encerradas, a decisão é tomada também “no seguimento do anúncio da renovação das medidas restritivas de combate à covid-19 e face à evolução da situação epidemiológica em Portugal”, afirmou a direcção em comunicado.

“Porque o festival mantém o compromisso de promover um olhar e debate atentos em torno do cinema”, o DocLisboa propõe, em alternativa, um ciclo de filmes e conversas online a partir da programação desenhada em Janeiro e Fevereiro. As sessões decorrerão na página do festival, em doclisboa.org, entre 18 de Fevereiro e 3 de Março, e os bilhetes podem ser comprados individualmente, por sessão, ou em formato de passe para cada semana.

Entre os filmes a colocar online estão Radio Silence, de Juliana Fanjul, The Exit of the Trains, de Radu Jude e Adrian Cioflanca, Downstream to Kinshasa, de Dieudo Hamadi, e Antena da Raça, de Paloma Rocha e Luís Abramo.

A 18.ª edição do DocLisboa começou em Outubro, mas a direcção decidiu desdobrar a programação por vários módulos mensais até Março, em resposta a um ano que foi “abalroado por uma pandemia”, como justificaram na altura.

“Quando subitamente 2020 é abalroado por uma pandemia que obriga ao confinamento e ao isolamento social, sentimos que espaços democráticos de discussão colectiva seriam fundamentais. O Doclisboa teria de contribuir para a reconstrução e para o fortalecimento social”, sustentava o festival.

O festival abriu na Culturgest com o filme Nheengatu - A Língua da Amazónia, co-produção luso-brasileira, do realizador José Barahona.

Os módulos programados estavam divididos por vários motes, como “Deslocações” (5 a 11 de novembro), “Espaços da Intimidade” (3 a 9 de Dezembro) e “Arquivos do presente” (4 a 10 de Fevereiro).