Instituto do Sangue agradece mais de 8600 dádivas e apela para que continuem

Mais de oito mil pessoas responderam aos apelos para doar sangue e foram colhidas 7009 unidades de sangue nos Centros de Sangue e da Transplantação.

Foto
Portugueses responderam positivamente aos apelos para doar sangue Filipa Fernandez

Mais de 8600 pessoas responderam ao apelo para doar sangue, uma mobilização que o Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) diz ter sido “essencial para estabilizar as reservas” nesta fase, mas apela para que as dádivas continuem.

Em comunicado, o IPST agradece a mobilização para doar sangue, o “empenho e competência dos profissionais de saúde” e a ajuda das associações de dadores na organização de sessões de colheita que ajudaram a contrariar um “decréscimo de cerca de 10% nas colheitas”, o que em contexto de inverno, agravado pela pandemia, levou a uma instabilidade nas reservas.

“Apesar da situação difícil em que o país se encontra, a resposta por parte da sociedade foi excepcional e sem precedentes: entre 19 e 26 de Janeiro inscreveram-se 8638 dadores e foram colhidas 7009 unidades de sangue nos Centros de Sangue e da Transplantação do IPST em Lisboa, Porto e Coimbra”, lê-se no documento.

No entanto, o IPST sublinha que as necessidades de sangue e componentes sanguíneos nos hospitais “são diárias” e que há condicionantes no armazenamento, uma vez que “os componentes sanguíneos têm um tempo limitado de armazenamento; os dadores de sangue, sendo homens só podem realizar a sua dádiva de três em três meses e sendo mulheres de quatro em quatro meses”, ao que acresce a incerteza sobre a evolução da pandemia.

“Assim, esta mobilização foi essencial para estabilizar as reservas de componentes sanguíneos nesta fase, mas a afluência maciça gerou também situações de esperas longas e desconforto. Por isso, o IPST reitera o apelo a todos os dadores para que, dentro das suas possibilidades, procurem os serviços de colheita de sangue de forma regular e faseada, uma vez que só assim será possível continuar a garantir as condições de distanciamento social, um melhor atendimento ao dador e a distribuição constante e regular de unidades de sangue aos hospitais”, pede o instituto.

Há uma semana o IPST apelou à dádiva, alertando que as suas reservas davam para entre quatro e 19 dias, sendo os grupos sanguíneos mais afectados o A positivo, A negativo, 0 negativo e B negativo.

Também a Federação Portuguesa de Dadores Benévolos de Sangue (Fepodabes) tinha apelado à dádiva de sangue, alertando que diversos grupos sanguíneos apresentam reservas nacionais inferiores a sete dias.

Para ser dador de sangue, basta ter entre 18 e 65 anos (o limite de idade para a primeira dádiva é os 60 anos), ter peso igual ou superior a 50 quilos e ter hábitos de vida saudáveis.