Hospitais militares já receberam mais de 1100 doentes covid

O pólo de Lisboa duplicou a sua capacidade instalada e o Centro de Apoio à covid, em Belém, passou de 60 para 72 camas.

Foto
Entrada do Hospital Militar de Belém Rui Gaudencio

Os hospitais militares já receberam desde o início da pandemia de covid-19, em Março de 2020, mais de mil doentes oriundos do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Segundo os dados do Ministério da Defesa, foram 1107 os pacientes tratados em unidades de cuidados médicos das Forças Armadas.

Nos seus dois pólos de Lisboa e Porto, o Hospital das Forcas Armadas acolheu 652 doentes oriundos das unidades hospitalares públicos. Também o Centro de Apoio Militar covid-19 no Hospital Militar de Belém, à Ajuda, em Lisboa, recebeu 455 doentes.

À data desta quarta-feira, nos dois pólos do Hospital das Forças Armadas estavam internados 124 pacientes, 101 dos quais oriundos do SNS e os restantes das Misericórdias e de vários lares. Já o Centro de Apoio Militar covid-19, em Belém, tinha 71 doentes no total das suas três enfermarias, uma por piso.

Face ao agravamento da situação pandémica nas últimas semanas, estas unidades militares de saúde aumentaram nos últimos três dias a sua capacidade para receber e tratar pacientes. Assim, no Hospital das Forças Armadas abriu mais 140 camas, 130 de internamento em enfermaria e as restantes dez de cuidados intensivos.

Deste modo, o pólo de Lisboa do hospital passa a dispor de 274 camas de enfermaria e 20 de cuidados intensivos, 15 das quais exclusivamente para doentes covid. O que representa a duplicação da lotação, conseguida através da adaptação e conversão de vários espaços, como refeitórios e áreas destinadas à consulta externa.

Para suportar este aumento de capacidade, o Hospital das Forças Armadas está a reforçar as suas equipas clínicas, com médicos, enfermeiros e outros militares com equipamentos de saúde oriundos dos três ramos, incluindo o Hospital de Campanha do Exército.

Quanto ao Centro de Apoio Militar covid-19 de Lisboa, a funcionar no Hospital Militar de Belém, aumentou esta semana a sua capacidade de 60 camas para 72. O protocolo assinado entre o Ministério da Defesa e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, área servida por aquelas instalações, determina o reforço de profissionais de saúde colocados pela ARS.

Estes recursos humanos articulam-se com os da saúde das Forças Armadas e pode levar até ao internamento de 90 pacientes, ocupando as três enfermarias até agora previstas.

Sugerir correcção
Comentar