China impõe sanções a Pompeo e a outros antigos funcionários da Administração Trump

Pequim denunciam “interferência nos assuntos internos da China”. Para além do ex-secretário de Estado, Bannon e Bolton também constam da lista.

Foto
Mike Pompeo, ex-secretário de Estado dos EUA MARTIN DIVISEK/EPA

A China anunciou esta quarta-feira a aplicação de sanções a 28 antigos funcionários da Administração Trump, incluindo o antigo secretário de Estado do ex-Presidente norte-americano, Mike Pompeo.

O anúncio foi feito poucos minutos depois da tomada de posse de Joe Biden como 46.º Presidente dos Estados Unidos.

Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, os norte-americanos que são alvos das sanções de Pequim “planearam, promoveram e executaram uma série de movimentações absurdas que interferiram gravemente nos assuntos internos da China, prejudicaram os seus interesses, ofenderam a população chinesa e afectaram seriamente as relações China-EUA”.

Para além de Pompeo, a lista chinesa norte-americanos que já não faziam parte da Administração Trump, como o antigo conselheiro de Segurança Nacional, John Bolton, ou o ex-estratega presidencial, Steve Bannon

Peter Navarro, Robert O’Brien, David Stilwell, Matthew Pottinger, Alex Azar, Keith Krach e Kelly Craft são outros dos nomes sinalizados por Pequim.

“Estes indivíduos e os seus familiares mais próximos estão proibidos de entrarem na China continental, em Hong Kong ou em Macau. Eles, as suas empresas e as instituições a si associadas também estão impedidas de fazer negócio com a China”, informou o ministério chinês, em comunicado.

A tomada de posição chinesa surgiu menos de 24 horas depois de Mike Pompeo ter acusado a China e o Partido Comunista chinês de terem cometido “genocídio” e “crimes contra a humanidade” no tratamento dos uigures, as minorias muçulmanas que vivem na região de Xinjiang, a Oeste do país.

Sugerir correcção
Comentar