Lisboa abre dois hospitais de campanha para receber doentes de unidades em ruptura

Hospital de campanha em Viseu começa a receber doentes do centro hospitalar local já nesta segunda-feira à tarde, e o que está montado no Pavilhão Arena em Portimão acolhe cada vez mais pacientes de Lisboa e do Alentejo.

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Hospital de campanha no Estádio Universitário está pronto desde Junho mas ainda não foi utilizado Miguel Manso/Arquivo

Com muitos dos hospitais de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) em ruptura, sem conseguirem acomodar a crescente afluência e a transferirem doentes para unidades de outras regiões do país, abrem nesta quarta-feira em Lisboa dois hospitais de campanha, um no Estádio Universitário e outro nas instalações da Casa dos Atletas na Cidade do Futebol, na Cruz Quebrada, uma estrutura cedida pela Federação Portuguesa de Futebol, adiantou à TVI o presidente da Administração Regional de Saúde de LVT, Luís Pisco. São estruturas preparadas para receber doentes com pouca gravidade, mas que necessitam de médicos e enfermeiros para poderem funcionar.

Em Viseu, onde o centro hospitalar local está também no limite, um hospital de campanha montado no Pavilhão do Fontelo e com cerca de 60 camas começa já nesta segunda-feira à tarde a receber doentes, enquanto o hospital de campanha montado desde a semana passada no Pavilhão Arena de Portimão continua a receber pacientes de outros pontos do país, de LVT e do Alentejo, numa capacidade que pode ir até um máximo de cem.

O hospital de campanha da cidade universitária em Lisboa, que está pronto desde Junho e tem uma capacidade que pode ir até às 310 camas, como já tinha explicado ao PÚBLICO o director da estrutura, António Dinis, abrirá nesta primeira fase com 60 camas, segundo Luís Pisco. Já o da Casa dos Atletas, que é um hotel, tem 44 quartos com 88 camas, de acordo com o presidente da ARSLVT.

Com toda a logística preparada, esta estrutura que dispõe de oxigénio e equipamentos para análises básicas necessita, porém, de 19 médicos e de 21 enfermeiros para começar a funcionar, destaca António Diniz. Destina-se, para já, a pacientes infectados com o novo coronavírus que"ainda não têm critérios de alta clínica” provenientes dos três grandes centros hospitalares de Lisboa e dos hospitais de Loures e de Amadora-Sintra. Mas pode ver a incluir outros hospitais da periferia da capital.​<_o3a_p>

Esta segunda-feira houve uma reunião com todas as entidades que suportam o hospital de campanha do Estádio Universitário, nomeadamente a ARS, os centros hospitalares da capital, a câmara e o Estado-Maior-General das Forças Armadas.

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