Alojamentos turísticos de Lisboa e Porto sofrem as maiores quedas em Novembro
Receitas sofreram uma descida de 79,5% face a idêntico período de 2019, e não foram além dos 47,1 milhões a nível nacional - são menos 182,9 milhões do que em Novembro do ano anterior.
Em Novembro, os alojamentos turísticos localizados na Área Metropolitana de Lisboa (AML) e no Norte (onde se destaca o Porto) foram os que sofreram as quedas mais expressivas em termos de receitas. Nesse mês, de acordo com os dados divulgados esta sexta-feira pelo INE, os proveitos totais na AML foram de 11,6 milhões de euros, menos 88,2% do que em idêntico período de 2019.
Já o Norte “encolheu” 78,9%, com os proveitos a quedarem-se pelos 8,4 milhões de euros, devido ao impacto da pandemia de covid-19 e das novas medidas de confinamento ditadas por diversos países, que impediram fontes de receita como as pequenas estadias de turistas estrangeiros e a realização de eventos e do turismo de negócios.
Todas as outras regiões também sofreram quedas expressivas, mas abaixo da média nacional, que se situou nos -79,5%, com os proveitos a não irem além dos 47,1 milhões (uma redução de 182,9 milhões face a Novembro de 2019).
Assim, o Algarve teve uma redução nas receitas totais de 73,6% (para 8,3 milhões), a Madeira desceu 73,4% (para 6,7 milhões), o Centro caiu 72,4% (para 5,9 milhões), os Açores desceram 59,5% (para 1,9 milhões) e o Alentejo viu os proveitos reduzirem-se em 53,1% (para 4,1 milhões).
No mês de análise, de acordo com os dados recolhidos pelo INE, registaram-se 407,1 mil hóspedes e 940,2 mil dormidas, o que corresponde a variações de -76,8% e -76,9%, respectivamente (um agravamento face aos -60,1% e -63,6% de Outubro). O principal impacto negativo teve origem nos turistas estrangeiros, com uma queda de 85,5% para 400,5 mil. Já os residentes “encolheram” 58,8% para 539,7 dormidas, ficando assim com um peso de 57,4% do total.
Em Novembro, 46,9% dos estabelecimentos de alojamento turístico “estiveram encerrados ou não registaram movimento de hóspedes” (valor que estava nos 33,4% no mês anterior).
No conjunto dos primeiros onze meses do ano, diz o INE, “verificou-se uma diminuição de 62,5% das dormidas totais, resultante de variações de -34,1% nos residentes e de -74,5% nos não residentes”. Ao nível dos proveitos, estes foram de 1404 milhões de euros, menos 65,7% face a idêntico período de 2019.