As fotografias coloniais são como máquinas de ilusões
A pandemia adiou-lhe a estreia, mas o documentário Visões do Império, de Joana Pontes, pode finalmente ser visto hoje, às 16h, no pequeno auditório da Culturgest, em Lisboa. Este filme, que passa no DocLisboa, parte dos álbuns de família e da investigação histórica para mostrar como, no contexto colonial, a fotografia foi tantas vezes usada para dar uma imagem de harmonia e de prosperidade que estava longe de corresponder à realidade.
Em cima da mesa há álbuns antigos e velhas câmaras, algumas ainda de fole, há tiras de provas de contacto e fotografias. Quem pega nestas imagens que contam histórias quase sempre felizes recua com elas ao tempo vivido em África, com a guerra à porta. Um tempo de que muitos guardam uma “memória que não é serena, nem clara”, que nuns se traduz em “raiva” e noutros numa “intensa nostalgia”.
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