O projecto-piloto de recolha selectiva de biorresíduos no concelho de Sintra, iniciado em Outubro do ano passado em Rio de Mouro, vai ser alargado a mais freguesias e abranger mais 25 mil casas, anunciou a câmara municipal.

Em comunicado, os Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Sintra referem que vão alargar a recolha selectiva de resíduos alimentares à União de Freguesias de Sintra, freguesia de Colares e algumas localidades de Algueirão-Mem Martins e à União de Freguesias de Queluz e Belas.

O objectivo é abranger mais 25 mil fogos habitacionais, a juntar aos cerca de cinco mil que integraram o projecto-piloto que está em curso nas localidades de A-dos-Francos, Albarraque, Bairro da Felosa, Bairro da Tabaqueira, Cabra Figa (de baixo), Casal do Marmelo, Covas, Manique de Cima, Moncorvo de Baixo, Moncorvo de Cima, Paiões, Rio de Mouro (velho), Serradas, Varge Mondar e Várzea.

A recolha vai também ser feita junto de alguns agentes económicos, nomeadamente do sector da restauração e em estabelecimentos de ensino, por se tratarem de produtores de grandes quantidades de biorresíduos.

“Dos resíduos que produzimos diariamente, cerca de 70% podem ser transformados em novas matérias-primas. Ao fazê-lo, pouparemos recursos naturais, geraremos riqueza e garantiremos a sustentabilidade ambiental. Em suma, poremos em prática a economia circular”, realça Basílio Horta, presidente da Câmara de Sintra, citado na nota, sublinhando que “valorizar resíduos gera mais emprego, melhor gestão dos dinheiros públicos e garante maior comodidade para as populações envolvidas”.

Na nota é ainda referido que, em 2022, o novo sistema de recolha vai abranger mais 70 mil famílias, envolvendo a totalidade da área urbana do concelho de Sintra, cumprindo em 2023 a obrigatoriedade da recolha selectiva de biorresíduos, com mais 90 mil agregados familiares, englobando as uniões de freguesia de São João das Lampas e Terrugem e de Almargem do Bispo, Montelavar e Pêro Pinheiro.

Para concretizar a Operação “Sintra e os Biorresíduos”, os SMAS já apresentaram uma candidatura ao POSEUR (Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos), relativo a co-financiamento de investimentos de recolha selectiva e valorização de resíduos alimentares, no valor global de 670 mil euros, e lançaram um concurso de aquisição de equipamentos de contentorização e sacos verdes.

O projecto incita os munícipes a efectuarem a triagem dos resíduos alimentares, como restos de preparação e confecção de refeições, sobras de alimentos e restos de produtos frescos não embalados.