O Bestiário investiga a história familiar e a história do mundo
Homem-Agem coloca em palco – até domingo no Clube Estefânia, em Lisboa – a mais recente criação deste colectivo formado em 2018. A partir da noção de homenagem, os intérpretes questionam o seu lugar entre rituais, tradições e árvores genealógicas.
Teresa Vaz frequentava ainda a Escola Superior de Teatro e Cinema quando decidiu realizar (no âmbito da disciplina de Corpo) uma investigação e uma apresentação a partir da noção de homenagem. O seu avô tinha morrido há pouco e o impulso de lhe prestar tributo assumiu o controlo naquele momento. Mas esse impulso não se perdeu e, depois de ter fundado com Afonso Viriato, Helena Caldeira e Miguel Ponte, em 2018, o colectivo Bestiário, quis retomar esse filão criativo e desafiar o grupo a escavar tal ideia. “A homenagem foi o ponto de partida, mas depois começámos a procurar referências na área da biologia e da antropologia, fizemos quase uma viagem histórica à evolução da nossa espécie, e depois fomos afunilando e afunilando até sentirmos a necessidade de traçar a árvore genealógica de cada um dos intérpretes”, conta acerca do gesto primordial de Homem-agem, peça em cena no Clube Estefânia, em Lisboa, até domingo.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.