Neil Young vendeu direitos de metade do catálogo a fundo britânico

Contrato estimado em 121 milhões de euros cobre 1180 canções de Neil Young.

Foto
Neil Young no festival Optimus Alive em 2008 nuno ferreira santos

O músico canadiano Neil Young vendeu os direitos de metade do catálogo de canções a um fundo de investimento britânico, num acordo anunciado esta quarta-feira e que terá rondado os 121 milhões de euros.

De acordo com a BBC, a empresa de investimentos Hipgnosis Song Fund adquiriu os direitos de 1180 canções de Neil Young, 50% do catálogo, por 150 milhões de dólares, ou seja, 121 milhões de euros.

O fundo Hipgnosis Song Fund, que permite que qualquer pessoa invista em êxitos musicais, já adquiriu anteriormente direitos de canções de nomes como Mark Ronson, Blondie, Chic e Barry Manilow.

Em comunicado, o fundador desta empresa, Merck Mercuriadis, afirmou que a Hipgnosis Song Fund e Neil Young partilham a mesma “integridade, ética e paixão, assentes numa confiança na música”, e que irão trabalhar em conjunto “para que todos oiçam [as canções] e nos termos de Neil”.

Neil Young, 75 anos, tem mais de 70 álbuns publicados, a solo e em banda, nomeadamente com Crosby, Stills, Nash & Young, e é autor de canções como Heart of Gold, Rockin' in the free world, Harvest Moon.

Este acordo é conhecido um mês depois de a editora discográfica Universal Music ter revelado a compra do catálogo completo do músico norte-americano Bob Dylan, num acordo histórico que contempla direitos de autor de 600 temas, por um período de 60 anos.

Este acordo foi apresentado como uma das maiores aquisições de todos os direitos de publicação em um único acto de sempre, e estima-se que tenha custado entre 300 milhões e 500 milhões de dólares (entre 243 e 400 milhões de euros).

Também em Dezembro passado, a cantora norte-americana Stevie Nicks, dos Fleetwood Mac, vendeu os direitos das suas composições à empresa Primary Wave por uns estimados cem milhões de dólares (81 milhões de euros).

Quanto ao acordo sobre as canções de Neil Young, resta saber se o contrato permite o uso do catálogo, por exemplo, para conteúdos publicitários, uma prática que o músico canadiano sempre rejeitou.