PSP e GNR continuam a desentender-se quanto à escolta das vacinas covid-19

RTP adianta que os incidentes verificados em Évora na última segunda-feira se têm repetido noutras localidades.

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A distribuição das vacinas vem sendo acompanhada numa sala instalada no Ministério da Saúde LUSA/MÁRIO CRUZ
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JOSÉ COELHO

Os desentendimentos entre a PSP e a GNR na distribuição das vacinas contra a covid-19 têm-se repetido nos últimos dias. A RTP e a SIC adiantam que, depois do incidente em Évora, em que a PSP bloqueou uma carrinha que transportava vacinas até ao hospital local até que foi decidida a escolta partilhada entre aquelas duas forças policiais, situações idênticas repetiram-se em Barcelos, Caldas da Rainha, Lisboa, Portalegre e Viana do Castelo.

Quanto aos incidentes de Évora, registados na passada segunda-feira, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, apressou-se a ordenar a abertura de um inquérito urgente por parte da Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI). Eduardo Cabrita pediu ainda à Secretária-Geral do Sistema de Segurança Interna “informação sobre as regras de acompanhamento e desembaraçamento do trânsito definidas” para acompanhar a distribuição das vacinas até aos diferentes pontos de administração das mesmas.

No caso de Évora, a carrinha que procedia à distribuição de vacinas no Sul do país desde Coimbra foi bloqueada pela PSP após a entrega do primeiro lote no hospital de Évora, alegadamente porque, embora a segurança das carrinhas esteja a cargo da GNR, a PSP de Évora terá considerado que se tratada de uma área sob a sua jurisdição. 

Ao PÚBLICO, Paulo Santos, da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) atribui os desentendimentos a “questões operacionais”. “Acreditamos que tanto a PSP como a GNR estão a actuar no sentido de servir o interesse das populações e de garantir que a distribuição das vacinas se faça de forma rápida e conveniente, mas são episódios que poderão continuar a existir devido a alguma indefinição das regras estabelecidas no respectivo protocolo”, declarou o representante sindical dos profissionais da PSP, defendendo que, e até porque as vacinas continuarão a ser distribuídas atravessando várias jurisdições, “as instituições devem ser capazes de comunicar e indefinições criadas”.

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