“Estamos sempre aflitos.” O Mondego ainda assusta os seus vizinhos
Houve reparações em diques e canais, a água regressou ao seu curso e o Governo apresentou um plano de intervenções para terminar uma obra que nunca chegou a ser concluída. E a população continua a viver em sobressalto.
“De cada vez que chove fico preocupada. Afecta-me a mim, aos que me rodeiam e rouba-me o sono”, diz Maria Ferreira, de 74 anos, atenta à sopa que tem ao lume. Vive numa casa térrea em Formoselha, Montemor-o-Velho, a cerca de um quilómetro do sítio onde o rio Ega se junta ao Mondego. É um dos pontos críticos quando o tema são as cheias no Baixo Mondego: o Ega não consegue chegar ao rio principal pelo canal que passa por debaixo da Linha do Norte, a água acumula-se, sobe e espalha-se por onde pode na margem esquerda do Vale do Mondego.
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