Rússia excluída durante dois anos das principais competições desportivas

Decisão foi anunciada nesta quinta-feira pelo Tribunal Arbitral do Desporto.

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Não haverá bandeira russa nos Jogos de Tóquio do próximo Verão LUSA/HANNIBAL HANSCHKE

A Rússia foi excluída durante dois anos das principais competições desportivas mundiais, entre as quais os Jogos Olímpicos Tóquio 2020, adiados para 2021, por incumprimento das regras antidoping, anunciou, nesta quinta-feira, o Tribunal Arbitral do Desporto (TAS na sigla francesa).

A decisão, que também proíbe a participação da Rússia nos Jogos Olímpicos de Inverno Pequim 2022, é metade da sanção proposta pela Agência Mundial Antidopagem (AMA), que tinha pedido quatro anos de suspensão.

Os atletas russos que nunca tenham sido sancionados por doping poderão, de acordo com a decisão, participar em competições internacionais, mas sob bandeira neutra.

Com esta decisão do TAS, a Rússia fica igualmente proibida de organizar grandes eventos desportivos internacionais nos próximos dois anos.

O presidente da AMA manifestou-se, entretanto, desiludido com a redução para dois anos da sanção. “Estamos decepcionados porque o TAS não concordou com uma sanção de quatro anos. Acreditamos que esta era proporcional e justa. Mas é uma decisão da mais alta instância, que temos de respeitar”, afirmou Witold Banka.

No entanto, Banka lembrou que a sanção agora imposta pelo TAS “é a mais severa alguma vez imposta a um país por questões relacionadas com doping”.

“A Rússia não poderá participar em nenhuma competição, como os Jogos Olímpicos e Paralímpicos, nem candidatar-se à organização de grandes eventos. Não se verá a bandeira da Rússia, nem se ouvirá o hino. Isto envia uma mensagem clara de que não se toleram esquemas institucionalizados para subverter as regras”, acrescentou o presidente da AMA.

Banka disse ainda que “as autoridades russas tiveram todas as oportunidades de colocar ‘ordem na casa’ e voltarem a juntar-se à comunidade mundial na luta antidopagem, mas optaram sempre por seguir pelo caminho errado, negando evidências”.