Já existia acordo há algum tempo, mas o negócio só ficou selado na passada sexta-feira: Paulo Pereira e Maria do Céu Gonçalves, os donos da Quinta da Pacheca, no Douro, compraram a Caminhos Cruzados, uma das novas empresas de vinhos do Dão.
O valor do negócio não foi revelado. Lígia Santos, actual directora da empresa e filha do anterior proprietário, Paulo Santos, vai manter-se à frente do projecto e Manuel Vieira e Carlos Magalhães continuarão também como enólogos consultores.
Os empresários Paulo Pereira e Maria do Céu Gonçalves repetem, assim, a fórmula usada na Quinta da Pacheca, onde também mantiveram alguns membros da família vendedora.
Ahistórica propriedade duriense foi comprada em 2012, precisamente o mesmo ano em que Paulo Santos, empresário têxtil com raízes familiares em Nelas, fundou nos arredores desta vila a Caminhos Cruzados, a partir da Quinta da Teixuga, uma propriedade de 30 hectares.
Sob a liderança de Ligia Santos, advogada de formação, os vinhos da Caminhos Cruzados (Titular e Teixuga) ganharam rapidamente grande notoriedade, que aumentou ainda mais a partir de 2017, com a inauguração da nova adega, de linhas arquitectónicas modernas e apelativas. A empresa foi vítima da pandemia, que afectou tanto a venda de vinho como o negócio têxtil de Paulo Santos.
Com a compra da Caminhos Cruzados, nasce o grupo Terras e Terroir, que passará a integrar também a Quinta da Pacheca e a Quinta de São José do Barrilário (Armamar), propriedade de 26 hectares adquirida em 2017 e onde vai nascer um novo hotel.
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