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Desemprego voltou a baixar em Outubro, antes do novo confinamento

Subutilização do trabalho, que não mede apenas o desemprego oficial, mas também outras pessoas sem trabalho, abrange mais de 800 mil cidadãos.

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O desemprego oficial medido pelo INE está estimado em 387,8 mil pessoas Rui Gaudêncio

Depois de subir em Agosto para um patamar onde já não se encontrava há três anos, a taxa de desemprego baixou em Setembro e voltou a recuar em Outubro, antes do reforço das restrições de circulação associadas ao confinamento parcial, mostram as estimativas provisórias divulgadas nesta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

A taxa de desemprego era de 7,9% em Setembro (chegou a abranger 8,1% da população activa em Agosto) e diminuiu em Outubro para 7,5%, segundo a estimativa preliminar do INE, ainda sujeita a revisão quando forem divulgados os próximos dados sobre a evolução do mercado de trabalho.

A tendência acompanha os dados mais recentes do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), que mostravam uma redução de desempregados inscritos nos centros de emprego (para 403,6 mil).

Apesar da descida, a taxa medida pelo INE está hoje um ponto percentual acima do valor de há um ano, de 6,5%.

Agora há 387,8 mil pessoas contabilizadas nos números do desemprego oficial (201,5 mil mulheres e 186,3 mil homens). Mas o número de cidadãos que está fora do mercado laboral — sem trabalho — é muito maior.

Para medir esse impacto, o INE divulga um indicador chamado “subtilização do trabalho”, onde estavam contabilizados em Outubro 811,2 mil cidadãos.

Além de incluir as pessoas registadas oficialmente como desempregadas, este dado considera o subemprego dos trabalhadores involuntariamente a tempo parcial, a população inactiva à procura de emprego mas não disponível para trabalhar e os inactivos disponíveis mas que não procuraram emprego.

A taxa de subutilização do trabalho era de 15% em Outubro. Também recuou em relação a Setembro “quase exclusivamente” por causa da diminuição do número de pessoas desempregadas (pois a população desempregada é contabilizada para essa taxa). A descida em relação ao mês anterior, em que a taxa estava em 15,4%, significa que houve menos 17,7 mil pessoas, mas, face à deterioração do mercado de trabalho, há um “aumento de 20,4% (137,5 mil) por comparação com o valor de Outubro de 2019”.

A taxa de desemprego dos jovens de Outubro era de 23,9%, quando em Setembro estava em 26,2%. Mas está num patamar mais alto do que se encontrava em Outubro do ano passado, altura em que estava abaixo de 18%.

Já a estimativa provisória da população inactiva de Outubro era de 2,63 milhões de pessoas. Aumentou 0,2% (em 6,2 mil pessoas) face a Setembro e está agora 2,8% acima (mais 70,4 mil pessoas) do valor de Outubro do ano passado, mesmo tendo diminuído em relação a três meses antes, indica o INE.

Para fazer a medição do desemprego oficial usando o conceito da Organização Internacional do Trabalho, o INE considera a população dos 15 aos 74 anos.

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