Covid-19: quase 82% do acréscimo de mortes atribuído à doença
Entre 2 de Março e 15 de Novembro, registaram-se 82.326 mortes em território nacional, mais 9640 do que a média, em período homólogo, dos últimos cinco anos.
Quase 82% do acréscimo de óbitos em Portugal, entre 19 de Outubro e 15 de Novembro, deveu-se à epidemia de covid-19, revelou esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE), tendo por base a média dos últimos cinco anos.
Entre 2 de Março — data em que foram diagnosticados os primeiros casos da doença em Portugal — e 15 de Novembro, registaram-se 82.326 mortes em território nacional, mais 9640 do que a média, em período homólogo, dos últimos cinco anos.
“Destes, 36,0% (3472) foram óbitos por covid-19”, escreve o INE no Destaque desta sexta-feira, acrescentando que nas últimas quatro semanas (19 de Outubro a 15 de Novembro) se registaram mais 1556 óbitos do que a média no mesmo período de 2015 - 2019.
No período agora em análise registaram-se 1274 óbitos por covid-19, representando 81,9% do acréscimo observado.
“Do total de óbitos de 2 de Março a 15 de Novembro, 40.842 foram de homens e 41.484 de mulheres, mais 4197 e 5443, respectivamente, do que a média de óbitos no período homólogo de 2015 - 2019”, de acordo com os dados divulgados.
Mais de 70% das mortes foram de pessoas com idades iguais ou superiores a 75 anos. Comparativamente à média de óbitos observada em idêntico período de 2015 - 2019, morreram mais 8227 pessoas com 75 e mais anos, das quais 6288 com 85 e mais anos.
“O maior acréscimo registou-se na região Norte, com excepção da última semana de Junho, das primeiras de Julho, das últimas de Setembro e primeira de Outubro, em que foi superior na Área Metropolitana de Lisboa”, observa o INE.
Do total de óbitos registados entre 2 de Março e 15 de Novembro, 49.301 ocorreram em estabelecimento hospitalar e 33.025 fora desse contexto, a que correspondem aumentos de 3492 óbitos e 6148 óbitos, respectivamente, relativamente à média do mesmo período em 2015 - 2019.
Segundo o INE, 63,8% do acréscimo de óbitos ocorreu fora dos hospitais. “Contudo, nas duas últimas semanas (2 a 15 de Novembro), o maior acréscimo registou-se nos hospitais”, lê-se na informação que acompanha os dados estatísticos.