Irene Vallejo: salvamos os livros porque eles nos salvam
Improvável sucesso de vendas, O Infinito Num Junco é uma carta de amor aos livros e à sua história: como nasceram, como foram salvos da destruição, como foram e são amados. Com eles, “mudou a nossa maneira de viver, de pensar e de entender a realidade”.
“É um mistério como se chega a um bom título”, escreve Irene Vallejo em O Infinito Num Junco, depois de citar livros de Proust, Pavese, Ovídio, Hesíodo e outros. Também a escritora espanhola inventou um bom título para o seu livro, improvável sucesso de vendas. Foi de juncos de papiro que os egípcios descobriram que podiam fabricar folhas. Essa planta, que “afunda as suas raízes nas águas do Nilo”, montou um “dique contra o tsunami do tempo”. E o mundo encheu-se de ideias, sentimentos, tratados, romances, ciência, utopias. O infinito.
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