Administração Biden: os nomes que já se conhecem

São nomes experientes e próximos do Presidente eleito, mas as nomeações reflectem também a promessa de Biden em construir uma Administração que expresse a diversidade do país.

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Joe Biden JOSHUA ROBERTS/Reuters
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Secretário de Estado - Anthony Blinken LUSA/J. J. GUILLEN
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Secretário da Segurança Interna - Alejandro Mayorkas Reuters/Joe Skipper
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Secretária do Tesouro - Janet Yellen Reuters/JONATHAN ERNST
,Secretário de Estado dos Estados Unidos
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Conselheiro de Segurança Nacional - Jake Sullivan LUSA/MICHAEL REYNOLDS
,Presidente eleito
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Embaixadora na ONU - Linda Thomas-Greenfield LUSA/AHMED JALLANZO
,John Kerry
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Enviado especial para o Clima - John Kerry Reuters/POOL
,Chefe de Gabinete da Casa Branca
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Chefe de Gabinete - Ron Klain Reuters/Larry Downing

O Presidente eleito dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, começou a revelar os nomes dos membros do gabinete que entra em funções a 20 de Janeiro. Optou por profissionais experientes, especialistas em política externa e segurança nacional para lugares cimeiros, o que vai ao encontro da sua promessa de restaurar os laços globais dos Estados Unidos e recuperar o papel do país na liderança do mundo. As nomeações reflectem também a promessa de Biden de construir uma Administração que expresse a diversidade do país. E eis os nomes que já se conhecem:

Secretário de Estado: Anthony Blinken

É, há muito, um próximo de Biden. Foi número dois no Departamento de Estado e assessor de Segurança Nacional na Administração Obama. Advogado de formação, tem mais de 25 anos de experiência na área das relações internacionais. Tem 58 anos, é definido como centrista e intervencionista.

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Secretário da Segurança Interna: Alejandro Mayorkas

Antigo procurador federal da Califórnia serviu como subsecretário no Departamento de Segurança Interna durante a presidência de Barack Obama, quando Biden era vice-presidente. De 60 anos, nasceu em Havana e chegou com a sua família aos Estados Unidos quando tinha cerca de um ano, em fuga do regime comunista. Viveu primeiro na Florida, depois na Califórnia. Actualmente, é sócio na firma de advogados WilmerHale. Biden prometeu desfazer muitas das políticas de imigração de Trump, por exemplo tenciona revogar a proibição de viagens imposta a pessoas de 13 países – quase todos de maioria muçulmana. E enviar para o Congresso legislação que ofereça o caminho para a cidadania aos estimados 11 milhões de imigrantes que vivem ilegalmente nos EUA. Mayorkas terá a seu cargo o departamento que responsável por estas políticas, prevendo-se ainda a revitalização do DACA (Acção Diferida para as Chegadas Durante a Infância), que oferecia protecção aos chamados Dreamers – as centenas de milhares de imigrantes que vivem no país depois de ali chegaram quando eram crianças. 

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Secretária do Tesouro: Janet Yellen

A economista de 74 anos foi a primeira a mulher à frente da Reserva Federal e será também a primeira mulher à frente do Tesouro. É casada com George Akerlof, premiado com o Nobel da Economia em 2001, e tem obras publicadas sobre mercado de trabalho. Tem defendido uma maior despesa pública para enfrentar a devastação causada pelo coronavírus. “Há muito sofrimento por aí, a economia precisa de gastos”, disse em Setembro. Yellen, que tem frisado o acentuar da desigualdade perante a crise provocada pela covid-19, é professora emérita na Universidade da Califórnia e professora convidada na London School of Economics e em Harvard. Ao contrário do que é costume, Donald Trump não a reconduziu no cargo, à frente da Fed.

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Conselheiro de Segurança Nacional: Jake Sullivan

Conselheiro de segurança nacional de Biden quando este era vice-presidente de Barack Obama, Sullivan foi também vice-chefe de gabinete da secretária de Estado Hillary Clinton. Na nota que a equipa de Biden divulgou sobre Sullivan lê-se: “Durante o tempo que esteve no governo, dirigiu a negociação inicial que abriu caminho ao acordo nuclear com o Irão e teve um papel decisivo nas negociações patrocinadas pelos EUA para o cessar-fogo em Gaza em 2012. Também teve um papel determinante na definição da estratégia para a Ásia-Pacífico do Departamento de Estado e da Casa Branca”.

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Embaixadora na ONU: Linda Thomas-Greenfield

Tem 68 anos, é diplomata de carreira e chefiou grande parte da política da Administração Obama para o continente africano. Vai ser embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, onde vai desempenhar um papel importante na reaproximação dos EUA aos seus aliados tradicionais. Biden disse ter a intenção de equiparar o cargo a ministerial.

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Directora dos Serviços Secretos: Avril Haines

Vice-conselheira de segurança nacional de Obama, e anteriormente a primeira mulher a vice-directora da CIA, Haines é a nomeada de Biden para os serviços secretos. Ocupou vários cargos na Universidade de Columbia depois de deixar o governo Obama em 2017.

Enviado especial para o Clima: John Kerry

O antigo candidato presidencial John Kerry, ex-secretário de Estado da Administração Obama, vai ser o enviado especial para a luta contra a crise climática. Na prática, o homem que assinou o Acordo de Paris pelos EUA será uma espécie de embaixador que tentará recolocar os Estados Unidos no centro da aliança global contra o maior desafio da nossa era, enquanto internamente tenta abrir caminho para o plano de acção climática de Biden.

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Chefe de Gabinete: Ron Klain

Advogado de 59 anos, Ron Klain tem uma vasta experiência no Capitólio, tendo servido como conselheiro do Presidente Barack Obama e como chefe de gabinete do então vice-presidente Joe Biden, com quem também trabalhou no Congresso no final da década de 1980, quando Biden era senador pelo estado do Delaware. Klain foi um dos principais conselheiros nos primeiros anos de Obama na Casa Branca, tendo participado na elaboração de um pacote de estímulos económicos, de mais de 787 mil milhões de dólares, lançado pela Administração para enfrentar a crise económica. Em 2014, o advogado foi escolhido para coordenar a resposta da Casa Branca ao surto do vírus do Ébola (trabalhou em colaboração com Linda Thomas-Greenfield). Na Casa Branca de Biden o combate à pandemia de covid-19 será uma das prioridades.

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