Encargos com juros do crédito à habitação voltaram a descer em Outubro

Taxa de juro implícita a todos os empréstimos está abaixo de 1% desde Fevereiro de 2020.

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Nuno Ferreira Santos

A taxa de juro implícita do conjunto dos contratos do crédito à habitação voltou a descer em Outubro, recuando 3,4 pontos base, para 0,932%, face ao mês anterior (0,966%), revelam os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). A queda das taxas Euribor, que estão na base da larga maioria dos empréstimos, e a redução dos spreads (margem comercial dos bancos) justificam a queda da taxa implícita, a que acresce também o impacto das moratórias (pública e privadas) que permitem a suspensão de capital e juros, ou apenas de capital. 

A taxa implícita do universo de contratos está abaixo de 1% desde Fevereiro do corrente ano.

Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro também desceu, de 0,966% em Setembro para 0,914% em Outubro. Em Maio passado, esta taxa caiu para 0,845%, o mínimo de sempre.

Os dados do INE mostram que o capital médio em dívida para o conjunto dos empréstimos aumentou 161 euros, para 54.645 euros.

Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o montante médio do capital em dívida foi 109.727 euros, mais 1478 euros que em Setembro e cerca de dobro da média do total dos contratos.

A prestação média dos contratos também subiu um euro em Outubro, para 227 euros. Deste valor, 43 euros (19%) correspondem a pagamento de juros e 184 euros (81%) a capital amortizado.

Nos empréstimos contratados nos últimos três meses o aumento foi mais expressivo, de sete euros, para 290 euros

A taxa de juro implícita no crédito à habitação “reflecte a relação entre os juros totais vencidos no mês de referência e o capital em dívida no início desse mês”.

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