Mar Shopping também diz estar livre de legionella
Longa Vida, que tem as torres de refrigeração do centro de distribuição de Perafita, em Matosinhos, suspensas há mais de uma semana, diz que ainda não foi informada dos resultados das análises à empresa.
Depois da Ramirez, esta sexta-feira foi a vez de o Mar Shopping tornar público que as análises realizadas pelas autoridades de saúde à torre de refrigeração da estrutura, por causa do surto de legionella, tiveram um resultado negativo. A Longa Vida, que viu as torres do seu centro de distribuição em Perafita serem encerradas preventivamente há mais de uma semana, depois de uma primeira análise rápida, diz que ainda não recebeu qualquer informação sobre as análises.
Em comunicado, o Mar Shopping explica que foi informado esta sexta-feira pela delegação de Saúde Pública de Matosinhos que “as análises à presença de legionella na torre de refrigeração do centro comercial tiveram um resultado negativo”. Um desfecho que os responsáveis dizem confirmar o resultado de uma outra análise, feita por uma empresa externa, a que o centro comercial recorre “para uma monitorização mensal dos seus pontos de água”. A última foi feita a 13 de Novembro, lê-se no documento, em que se considera esta informação como “essencial para esclarecer e tranquilizar clientes, colaboradores e parceiros” do centro comercial.
Quem garante não ter ainda qualquer indicação às análises feitas na sua estrutura em Perafita é a Longa Vida. A empresa foi uma das duas que viram estruturas de refrigeração suspensas preventivamente, depois de análises rápidas terem apontado para a existência de infecção na água. A outra foi a conserveira Ramirez que esta quinta-feira também foi informada pela autoridade de saúde que as análises finais tinham tido um resultado negativo, o que levou à reactivação da estrutura de arrefecimento que estivera encerrada desde a quarta-feira da semana passada.
O surto de legionella que afectou os concelhos de Matosinhos, Vila do Conde e Póvoa de Varzim desde o final de Outubro provocou nove mortes e pelo menos 85 infectados. O surto está a ser investigado pelo Ministério Público e os apelos das empresas envolvidas na investigação das autoridades de saúde, e também da Câmara de Matosinhos, é para que se conheça, rapidamente, as conclusões das análises, para tranquilizar a população.