Maradona: um deus imperfeito na Andaluzia
O “10” argentino passou dez meses dos seus 60 anos no Sevilha, que meteram alta velocidade pela madrugada, detectives privados e um soco ao treinador.
Algures por Outubro de 1992, já perto do final de um Sevilha-Saragoça no Ramón Sanchéz Pizjuán, antigo e magnífico estádio encaixado no bairro de Nervión, uma figura baixa, redonda e cabeluda vai a passo na direcção da esquina para marcar um canto. De caminho, começa a dar toques com um pequeno objecto esférico prateado (uma folha de alumínio amarfanhada) que andava por ali perdido. Dois, três, quatro toques em andamento e seguimos para o pontapé de canto, onde estará um esférico bastante maior (uma bola) à espera do seu pé esquerdo para ser posto a voar. Diego Armando Maradona era um deus imperfeito de coisas maiores (Campeonatos do Mundo) e de coisas pequenas como esta, um momento banal para ele, mas único para as gentes de Sevilha, que, durante dez meses, conviveram com “D10S”.
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