Mulheres sem-abrigo não querem ser “invisíveis” — e estão a ganhar voz
Vivem em situação de sem-abrigo mas o facto de serem mulheres muda as suas trajectórias. Muitas permanecem excluídas dos dados nacionais. Carla não tem casa há oito anos e continua a sentir-se invisível, mas faz parte de um grupo de mulheres que quer mudar isso.
Quarto, albergue, rua. É entre estes cenários que a vida de Carla Emídio tem oscilado nos últimos oito anos. Tudo “descambou” quando foi abandonada pelo companheiro e ficou sozinha a cuidar do filho. Meses depois perdeu o emprego e, mesmo aceitando “todos os trabalhos que apareciam”, acabou por ficar desempregada e sem conseguir pagar a renda, explica Carla, 47 anos. Procurou temporariamente abrigo em casa de conhecidos (há anos que não contava com o apoio da família), mas “chegou um dia em que dormir na rua era a única opção”, recorda.
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