Depois do coronavírus, um pico de divórcios pode estar a aproximar-se
No terceiro trimestre de 2020, houve 3862 divórcios, mais 235 do que no mesmo período de 2019. É um aumento ainda tímido, mas que marca uma inversão de tendência e que poderá aumentar atendendo a que muitos consultórios de advogados dão conta de um crescente número de pedidos de orientação sobre como fazer em relação aos bens e aos filhos num cenário de divórcio. Para muitos, o confinamento marcou um ponto de ruptura no casamento.
Para muitos casais em crise ter de conviver 24 horas por dia fechados em casa, sobrecarregados pelo dificílimo exercício de conciliar teletrabalho e filhos pequenos, o confinamento foi a gota de água. E isto poderá explicar que, entre 1 de Julho e 30 de Setembro, que coincidiu com o período pós-desconfinamento, tenham sido decretados 3862 divórcios. São mais 235 do que os registados no período homólogo do ano passado, segundo os dados adiantados ao PÚBLICO pelo Ministério da Justiça, e que abarcam desde os acordos firmados numa conservatória do registo civil aos que chegaram aos tribunais.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.