No rasto da cozinha portuguesa
Cabidelas, açordas, peixinhos da horta, arroz doce, pastéis de nata e outros 45 pratos são examinados em livro a partir de tratados culinários entre o século XVI e os nossos dias, como se Guida Cândido assumisse a função de detective da nossa cozinha. Não é tarefa fácil.
Um novo livro de fixação das primeiras receitas de pratos que reconhecemos hoje como património nacional é, em simultâneo, uma festa e um sarilho. Festa porque encontraremos respostas para algumas dúvidas sobre a origem das receitas, dos ingredientes ou das técnicas de confecção; sarilho porque, por exemplo, parece-nos esquisito que alguém, em tempos recuados, tenha preparado favas guisadas com gengibre ou endro, amêijoas à Bulhão Pato com salsa, arroz-doce com bebida de amêndoa, meia desfeita de bacalhau sem colorau ou - valha-nos o Divino Espírito Santo - alcatra da ilha Terceira com sumo de laranja e limão.
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