Trinta antigas estações ferroviárias reabilitadas para turismo
Regiões do Alentejo e do Norte concentram as instalações que serão reconvertidas e concessionadas.
Trinta estações ferroviárias desactivadas e devolutas, situadas no Alentejo e no Norte, integram o novo programa do Governo Revive Ferrovia para serem, em 2021, concessionadas a privados, reabilitadas e reconvertidas para fins turísticos.
As 30 estações que integram o programa Revive Ferrovia situam-se nas linhas do Moura, Évora-Estremoz, Évora-Estremoz-Portalegre, Alentejo, Alentejo-traçado primitivo e do Sabor, e nos ramais de Reguengos, Mora, Cáceres e de Monção, nos distritos de Évora, Beja, Portalegre, Bragança e Viana do Castelo.
“É um programa que segue o modelo dos Revive anteriores. Ou seja, vai facilitar a reabilitação e animação turística de imóveis que se encontram num estado devoluto”, afirmou esta terça-feira a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques.
A governante falava aos jornalistas no final da assinatura de contratos de financiamento com autarquias e agentes económicos, no âmbito do Programa Valorizar, que decorreu na Universidade de Évora.
Antes, em Sousel, no distrito de Portalegre, junto à estação ferroviária, a governante participou na cerimónia de assinatura de um protocolo entre as sociedades IP Património e Turismo Fundos, que formalizou a criação do programa Revive Ferrovia.
Nas declarações prestadas em Évora, a secretária de Estado indicou que foram identificadas “30 estações ferroviárias” para integrarem o programa e com “potencial grande de poderem ser reconvertidas para efeitos turísticos”.
“Celebrámos esse acordo de colaboração entre a Turismo de Fundos e a IP Património para podermos, no decorrer de 2021, lançar os concursos de concepção para a atribuição dos direitos de exploração dos espaços”, frisou.
Os concursos, adiantou Rita Marques, “em princípio serão lançados em lote”, tendo em conta a experiência adquirida com os outros dois programas Revive – Património e Natureza.
“Estas 30 estações serão provavelmente lançadas em lotes de forma também a medirmos e aferirmos a atracção do mercado a estas iniciativas, que, até agora, tem sido extraordinária”, sublinhou.
A secretária de Estado vincou que não compete ao Governo “impor limites” quanto aos projectos, mas sim “garantir que há financiamento e condições para que as visões e os sonhos dos empresários possam ser materializados”.
“Estamos a falar de espaços que, na nossa perspectiva, podem ser requalificados para unidades de alojamento, espaços de restauração e animação turística”, mas “a nossa prioridade é garantir que existem condições para requalificar esses espaços”, disse. Lusa