A Federação Portuguesa de Futebol (FPF) está a estudar recorrer ao uso de testes rápidos de covid-19 em todas as competições que tutela, ou seja, todas as provas com excepção das I e II Ligas e da Taça da Liga. Esta medida foi tomada depois da experiência que foi realizada na quinta-feira, num jogo da Liga Revelação.

Em concreto, foi o derby Benfica-Sporting, respeitante à 3.ª jornada da prova, que serviu de balão de ensaio. Os plantéis de sub-23 dos dois clubes, bem como a equipa de arbitragem, foram submetidos a testes horas antes do início do encontro, tendo todos os resultados sido negativos.

A experiência foi bem-sucedida e a FPF entendeu, por isso, estudar avançar com a aplicação dos testes rápidos de antigénio, mais rápidos e mais baratos, como “alternativa para complementar os habituais testes de PCR ao SARS-CoV-2”. “A FPF tem já na sua posse uma quantidade de testes suficiente para tentar salvar a prática desportiva colectiva de futebol. Nas últimas semanas, a FPF preparou este projecto inovador e está em condições de levá-lo à prática”, anunciam os responsáveis do organismo.

Idêntico caminho está a ser seguido pela Federação Portuguesa de Rugby (FPR), que nesta semana anunciou a distribuição de 4000 testes rápidos aos clubes que, a partir desta sexta-feira, começam a competir no principal escalão da modalidade. Sendo considerada uma modalidade de alto risco, o râguebi também realizou testes de PCR aos jogadores antes do início da competição. Todos, segundo adiantou à agência Lusa o presidente da federação, Carlos Amado da Silva, com resultado negativo.

Os custos suportados pelo organismo com a aquisição e distribuição dos testes rápidos, mas também com a deslocação dos jogadores dos clubes de fora de Lisboa até à capital para a realização dos testes de PCR, antes do arranque do campeonato, “rondam os 50 mil euros”.