“O mais recente morador do zoológico, filho de Cornalina, nasceu a 3 de Setembro, após seis meses de gestação”, anuncia o Zoo de Santo Inácio. “Ainda não se sabe o sexo da cria, uma vez que ainda não houve qualquer aproximação da equipa técnica de tratadores e veterinários ao bebé”.
Trata-se de uma gazela-dama, a sexta a viver neste parque localizado em Avintes. Esta é a “maior de todas as gazelas e está extremamente ameaçada de extinção”, sublinha o zoo em comunicado.
“A mais rara gazela do mundo”, da espécie Nanger dama mhorr, está em perigo no seu habitat natural devido “ao aumento da caça em África” e à degradação dos territórios onde vive (no Chade, Mali, Níger, áreas do deserto do Sara) para “utilização para pastagem por parte dos locais”. É considerada “criticamente ameaçada” pela União Internacional para a Conservação da Natureza – “apenas existem 250 elementos adultos da espécie em todo o mundo, e continua a decrescer”, salienta o zoo. Praticamente, só resistem em parques de conservação pelo mundo.
A família de gazelas-dama vive no parque de Gaia desde 2012. É composta pela Ambar, Luise, Cornalina e Mirella, consideradas “animais bastante sociáveis”, e o Kofi, que é o macho e “é dominante, marcando o seu estatuto ao deslocar-se para uma zona afastada do resto das gazelas-dama ou esfregando os seus cornos nos arbustos e árvores”.
“Este nascimento é mais um passo dado a caminho da nossa grande missão: a conservação da natureza e das espécies ameaçadas”, indica-se no texto de apresentação do novo elemento da família. “Esperamos poder aumentar o número de gazelas-dama do planeta para que, em conjunto com outras instituições, possamos, um dia, devolvê-las ao local de origem, onde já existem poucos indivíduos”, diz Teresa Guedes, directora do Zoo de Santo Inácio, que integra a rede dos Programas Europeus de Preservação de Espécies Ameaçadas de Extinção.
A gazela-dama, apresenta o zoo, “pode medir até 1,65 metros de altura, tem umas patas muito finas e um longo pescoço e a sua pelagem é caracterizada por apresentar manchas vermelho-acastanhadas e brancas”.