Cientista portuguesa distinguida pela Sociedade Americana de Glicobiologia
Salomé Pinho é investigadora no Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto.
A investigadora Salomé Pinho, do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde (i3S) da Universidade do Porto, foi distinguida pela Sociedade Americana de Glicobiologia pelas suas contribuições na área do cancro e inflamação no campo da glicobiologia.
O i3S revelou esta quarta-feira, em comunicado, que a investigadora Salomé Pinho foi recentemente distinguida com o “Prémio de Conquistas Importantes para a Glicobiologia”, uma distinção atribuída anualmente pela Sociedade Americana de Glicobiologia, em parceria com a Oxford University Press.
A distinção surge como “reconhecimento” pelas suas contribuições e descobertas na área do cancro e inflamação no domínio da glicobiologia. Salomé Pinho, líder do grupo “Imunologia do Cancro e Glicomedicina” do i3S, tem centrado o seu trabalho no estudo dos glicanos (estruturas de hidratos de carbono complexas) no desenvolvimento e progressão do cancro gastrointestinal, mais especificamente da doença inflamatória do intestino, que inclui a doença de Crohn e a colite ulcerosa.
Um dos “marcos científicos” do grupo liderado pela investigadora foi a identificação de uma deficiência num açúcar nos linfócitos T do intestino dos doentes com doença inflamatória intestinal. “A equipa demonstrou que esta deficiência num açúcar está associada à hiper-activação da inflamação intestinal, o que lhes tem permitido o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas e de novos biomarcadores de prognóstico da doença”, refere-se no comunicado, acrescentando-se que as investigações foram publicadas em várias revistas cientificas, como a Proceeding for the National Academy of Sciences e a Nature Reviews Cancer.
Citada no comunicado, a investigadora, que no currículo junta outros prémios internacionais, afirma que este reconhecimento é “uma enorme honra, um orgulho e uma responsabilidade acrescida”.