Nikias Skapinakis (1931-2020), o artista fiel à melancólica liberdade da pintura

Filho de pai grego e mãe portuguesa, foi um dos mais inventivos e irrequietos pintores do Portugal contemporâneo. “A arte serve também para encantar, divertir e apaziguar”, escreveu.

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shamila mussa/ arquivo
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daniel rocha
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Nikias Skapinakis, o pintor filho de pai grego e mãe portuguesa que foi uma das mais inventivas e irrequietas figuras da arte portuguesa contemporânea, morreu esta quarta-feira no Hospital dos Lusíadas, em Lisboa, aos 89 anos. A notícia foi confirmada ao PÚBLICO pelo galerista Fernando Santos, que trabalhava com o artista nos últimos tempos. Representado nas mais importantes colecções públicas e privadas do país, objecto de várias antológicas (Museu do Chiado, 1996; Museu de Serralves, 2000; Fundação Arpad-Szenes, 2006), a última das quais em 2012, no Museu Colecção Berardo, foi um artista fiel ao impulso inútil, libertador e iniciador de toda a arte, insistindo serenamente na pintura, consciente da amável ambiguidade desse vetusto ofício.

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