O oceano Atlântico pode ter (pelo menos) dez vezes mais plástico do que se pensava

Cientistas do Reino Unido quantificaram os “invisíveis” microplásticos em 5% do oceano Atlântico. Aperceberam-se de que a quantidade de plástico que se julgava que tinha chegado a este oceano estará muito subestimada.

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Praia no Brasil Sérgio Moraes/Reuters

A poluição de plásticos é um dos problemas da actualidade. Mas qual a verdadeira dimensão deste problema? Quanto plástico está mesmo a ser lançado para o ambiente? Continuamente, equipas de cientistas têm vindo a quantificar o lixo de plástico em vários ambientes. Esta terça-feira, dois cientistas do Centro Nacional Oceanográfico, do Reino Unido, apresentam os resultados da sua contabilização de microplásticos no oceano Atlântico. De acordo com o estudo que publicam na revista científica Nature Communications, estima-se que haverá entre 12 e 21 milhões de toneladas de microplásticos de três tipos acumuladas nos 200 metros superiores desse oceano e isto em apenas 5% dele. Portanto, se até agora se julgava que haveria entre 17 e 47 milhões de toneladas de todo o tipo de plástico pelo Atlântico inteiro e agora se estima que haja entre 12 e 21 milhões de toneladas só de microplásticos de três tipos, quer dizer que há mais plástico neste oceano do que se pensava. A equipa sugere que o Atlântico pode ter, pelo menos, dez vezes mais plástico do que se estimava até agora. 

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