Em espaços fechados, aerossóis do vírus podem viajar dezenas de metros
Em carta aberta, mais de 200 cientistas – incluindo três portugueses – alertaram a OMS que devia considerar a transmissão do vírus por aerossóis. Esta terça-feira, a OMS admitiu mesmo o surgimento de provas para esta forma de transmissão.
Quando se falava na transmissão do coronavírus SARS-CoV-2, as autoridades de saúde nacionais e a própria Organização Mundial da Saúde (OMS) referiam que ela acontecia sobretudo através de gotículas respiratórias ou pelo contacto directo com pessoas infectadas ou superfícies com o vírus. Numa carta aberta, 239 cientistas apelaram à comunidade médica e às autoridades nacionais e internacionais que estava na hora de dar mais atenção à transmissão do vírus através de aerossóis (partículas aéreas de muito pequena dimensão que pairam no ar). Ao longo do documento, alertou-se que os aerossóis com o vírus podem viajar dezenas de metros nos espaços fechados e que, devido ao potencial de transmissão destas partículas microscópicas, as medidas de prevenção devem ser alargadas. Esta terça-feira, a OMS decidiu que era hora de mudar (um pouco) e admitiu haver novas provas para esta forma de transmissão. Por isso, diz estar a rever essas provas e sugeriu que se evitassem espaços fechados com aglomerações.
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