Fechada há 10 anos, Estação da Lousã tem azulejos recuperados pela IP
Por esta estação deverão passar autocarros eléctricos do Sistema de Mobilidade do Mondego, uma solução que acumula atrasos.
A Infra-estruturas de Portugal anunciou, nesta terça-feira, a conclusão dos trabalhos de restauro dos azulejos da centenária Estação da Lousã, antiga paragem ferroviária que está sem uso há dez anos.
Os trabalhos que custaram à empresa do Estado 40 mil euros (acrescidos de IVA) serviram para tratar de “diversas patologias que se identificaram ao nível do revestimento azulejar”. Isto significa que o restauro destes azulejos é uma das primeiras empreitadas concluídas na órbita do antigo canal que liga a Lousã a Coimbra, que deverá receber o Sistema de Mobilidade do Mondego.
O troço ferroviário, conhecido como Ramal da Lousã, foi desactivado ao fim de mais de 100 anos, em 2010, para que ali fosse instalado um metro ligeiro de superfície. Apesar de a obra ter arrancado, com a chegada da crise económica a ideia foi abandonada e substituída por um sistema mais barato, composto por autocarros eléctricos (designado metrobus) que ligarão Serpins, na Lousã, à estação de Coimbra-B e a margem do rio Mondego, em Coimbra, aos hospitais da universidade.
Esta foi a solução apresentada no primeiro mandato de António Costa, tendo a IP lançado já vários concursos, sem que a obra tenha ainda arrancado em qualquer dos troços. A empreitada de adaptação do canal ferroviário à circulação de autocarros entre Serpins e o Alto de S. João, à entrada de Coimbra, foi lançada em 2019, mas sofreu um atraso devido a um processo judicial. No entanto, refere fonte da Sociedade Metro Mondego (SMM), deverá ser consignada em Julho.
Já em Junho foi lançado o concurso para ligar o Alto de S. João à Portagem, sendo que a IP tinha também apresentado procedimento semelhante para um troço de 32 metros na baixa da cidade, em Fevereiro, para ligar a Via Central à Rua da Sofia.
Por lançar está a ligação entre a Portagem e Coimbra-B, da Linha do Hospital e do material circulante. A última previsão do governo é que o Sistema de Mobilidade do Mondego comece a funcionar em 2021 e que esteja a operar na totalidade em 2023.