Rio diz que DGS “não tem estado à altura” da pandemia

Líder do PSD assegura que os seus alertas não significam uma viragem de discurso contra o Governo

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Rui Rio visitou esta manhã o aterro de Sobrado, Valongo LUSA/ESTELA SILVA

O líder do PSD considera que a Direcção-Geral da Saúde (DGS) “não tem estado” à altura da pandemia por ter dado indicações contraditórias no combate à covid-19.

Em declarações aos jornalistas no final de uma visita ao aterro de Sobrado, Valongo, Rui Rio lembrou que os técnicos é que têm de ser capazes de propor soluções e depois os governantes tomam as decisões políticas. “A parte técnica, designadamente a Direcção-Geral da Saúde não tem estado completamente à altura do problema, isso é evidente”, afirmou quando questionado sobre se o primeiro-ministro deveria voltar a ouvir os partidos por causa da situação em Lisboa.

O líder social-democrata recusou fazer uma “resenha completa” das falhas, mas referiu que “foram ditas algumas coisas e passado algum tempo depois o seu contrário” como aconteceu com o uso de “máscaras”.

Momentos antes, Rui Rio já tinha sido questionado sobre se as suas afirmações este fim-de-semana sobre a situação em Lisboa significavam uma viragem de discurso contra o Governo ao que o líder do PSD respondeu negativamente. “Não. A pandemia não é mais perigosa agora do que era há quatro meses”, disse, reiterando que no combate à pandemia não vai mudar a sua atitude já que a sua intenção é “cooperar e ajudar o país a superar” a crise. “Outra coisa diferente é alertar para uma ou outra coisa para o processo corra melhor”, acrescentou.

Questionado sobre o incumprimento de metas sobre a desigualdade salarial em Portugal, Rio sustentou que, a “confirmarem-se” esses dados ainda há “do ponto de vista cultural um caminho a fazer”, mas disse não notar essa diferença nas realidades que lhe são próximas: “À minha volta não noto isso”. 

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