Covid-19: comício do PCP em Lisboa com lugares marcados e vista para o Tejo

Organização quer que iniciativa seja exemplo de “confiança” e de “determinação”.

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PCP foi o primeiro partido a organizar um comício após o confinamento LUSA/MÁRIO CRUZ

Os militantes do PCP, na sua maioria com máscaras, foram hoje chegando aos poucos ao alto do parque Eduardo VII, em Lisboa, para participar num comício em tempo de pandemia com lugares marcados por bandeiras vermelhas.

O espaço, um anfiteatro em relva, com metros de fitas a marcar os lugares, organizado por sectores, de A a F, junto à Avenida Cardeal Cerejeira, perto do monumento ao 25 de Abril de Cargaleiro, foi-se enchendo a partir das 16h00.

Um “grupo de camaradas” com folhas na mão, como dizia o animador do comício, estavam no recinto para “ajudar a enquadrar” os “camaradas e amigos” e encontrar os locais de cada um”, separado por metro e meio ou outras vezes menos, conforme iam conversando ao som da música de Sérgio Godinho, Carlos Paredes ou Xutos e Pontapés.

Às 16h30, meia hora antes do início do comício com o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, o animador lá foi pedindo que “os camaradas” fossem para os seus lugares.

Este é um comício feito num “quadro particular”, a covid-19, palavra que não foi dita, e os comunistas apelaram aos comunistas que contribuam “para que tudo corra pelo melhor”, no respeito pelo distanciamento entre os presentes.

Qual o número de pessoas previstos para o comício? Isso é algo que nem a organização do comício ou o gabinete de imprensa revelam.

E quando acabar, avisou o animador aos microfones, era pedido que ficassem nos seus lugares e esperassem as indicações para “uma saída de forma organizada, para manter o distanciamento que se exige”.

“Que seja um exemplo, capacidade, determinação, organização, confiança e força do PCP e dos seus amigos para por o pais a avançar”, ia repetindo o animador.

O PCP é o primeiro partido a organizar um comício após o período de confinamento do país causado pelo surto epidémico do novo coronavírus, que já infectou 34.693 pessoas e fez 1.479 mortos.

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