O underground continua confinado em streaming

Sem data prevista para uma reabertura, os bares de concertos de um circuito alimentado por nichos punk, metal e do rock mais pesado no geral, sobrevivem com dificuldade para aguentar uma estrutura que corre o risco de se desmoronar. Os proprietários são os mais prejudicados financeiramente. Bandas correm o risco de perder palcos.

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Os Dokuga, grupo que reúne alguns punks históricos do cenário portuense, nunca tinham tocado uma sala completamente vazia
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À primeira nota da guitarra de Banzai Mig, a secção rítmica comandada pela bateria de Arikiri Giró e pelo baixo de Oscar Gloom abre caminho para Kisto, frontman dos Dokuga, vociferar pela primeira vez em muitos meses o grito punk dbeat guardado desde o último concerto que deram na Corunha, ainda dava o mundo os primeiros sinais da chegada da pandemia. Mas desta vez, nesta sexta-feira à noite, a experiência de palco não é a mesma. Já uma vez ou outra aconteceu a este grupo que reúne alguns punks históricos do cenário portuense tocar em bares com pouca gente. Só que nunca o tinham feito para uma sala completamente vazia. Não é que não existisse público a assistir à performance. Na verdade, eram mais os que estavam a acompanhar do que o número de pessoas que cabem no bar Barracuda, um dos bastiões do undergroud da cidade, que de há três meses para cá tornou-se ainda mais subterrâneo.

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