Máscaras que revelam quem somos
Estão a mudar a nossa face como acessório de saúde pública mas, como um olhar sobre as artes nos revela, têm múltiplos significados e associações. Será que a sua utilização poderá ter consequências na forma como olhamos para nós e para os outros?
História verdadeira, dias depois do Carnaval, no fim de Fevereiro, antes do confinamento. No café, uma criança usava uma máscara e um adulto meteu-se com ela, dizendo-lhe que o Carnaval já havia passado e que não era altura para andar com a fantasia. “Então ainda não tiraste isso?”, lançou-lhe, levando como resposta uma careta e uma réplica solidária de um dos empregados que disse à criança para não ligar, porque era inveja: “É óptimo pôr e tirar máscaras quando nos apetece apenas pelo prazer de o fazer, porque depois, quando somos adultos, nem sempre nos conseguimos ver livre das nossas”, disse, soltando um sorriso.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.