APRENDER COM O PÚBLICO
É sempre tempo de mudar. Plano de aula
Mudar radicalmente de forma de vida quando tudo corre “aparentemente” bem, e arriscar no desconhecido atrás dos sonhos que foram ficando pelo caminho é um ato de coragem ou de irresponsabilidade?
Neste texto, Susana A. Oliveira conta-nos a história de vida de Gonçalo Pires-Marques: um arquiteto e ilustrador com uma carreira de sucesso que, em determinada altura da sua vida, decide romper com o que parecia que estava estabelecido. “Saturado, então, da vida em Lisboa e da rotina casa-trabalho e com vontade de reencontrar a sua criança interior, partiu em direcção a África”.
Destinatários: Alunos do ensino secundário
Disciplina: Português/Cidadania e Desenvolvimento
Pré-requisitos: A escrita como processo: planificação, textualização e revisão.
Material: Texto “Gonga deixou tudo para correr o mundo em busca de amigos imaginários” de Susana A. Oliveira, publicado no PÚBLICO em 25 de novembro.
Duração das atividades: Deixamos ao critério do professor a gestão do tempo de acordo com os recursos de que dispõe e as caraterísticas da sua turma.
Objetivos:
- Reconhecer como os textos mediáticos suportam conceções do mundo particulares e comunicam valores morais ou políticos;
- Interpretar o sentido global do texto e a intencionalidade comunicativa com base em inferências devidamente justificadas;
Antes da leitura do texto
- Os alunos visionam a galeria de imagens que acompanha o texto, desconhecendo o título do texto;
- Manifestam-se sobre o que veem; o que lhes sugerem as imagens; quais os elementos das ilustrações que os remetem para o imaginário; sugerem um título para aquele conjunto de ilustrações;
- Perante a apresentação do título do texto “Gonga deixou tudo para correr o mundo em busca de amigos imaginários”, os alunos estabelecem conexões com as imagens que viram anteriormente;
- Antecipam o conteúdo do texto refletindo sobre a expressão “Gonga deixou tudo” – Quem será Gonga? Uma criança, um adulto? O que terá deixado? O que será tudo?
- Dão a sua opinião, orientados por perguntas como: Qual a importância que atribuem a ter amigos imaginários? A que faixa etária atribuem esta fantasia? Porquê?
Leitura do texto
- Os alunos leem o texto de Susana A. Oliveira;
- Comparam-no com os conteúdos antecipados no momento anterior à leitura;
- Identificam o autor, a publicação e os tópicos associados ao texto (ver no final do texto);
- Manifestam, de forma argumentada, as suas opiniões sobre a atitude do protagonista do texto;
- Dividem o texto nos seus momentos essenciais, atribuindo um título a cada momento;
- Identificam o momento de rutura na vida do protagonista e os três principais fatores que estiveram na sua origem;
- Fazem o levantamento das expressões que evidenciam o desânimo de Gonçalo, assim como daquelas que revelam o que ele procura e o que o faz feliz.
- Constroem um friso que ilustre o percurso (geográfico e ocupacional) feito por Gonçalo, desde que abandonou Lisboa até à prevista partida para o Tibete. (Esta atividade pode ser elaborada em articulação com a disciplina de Geografia e/ou Oficina de Artes).
Depois da leitura do texto
- Individualmente, os alunos pesquisam, próximo de si ou nos media, histórias de vida semelhantes: pessoas que, independentemente da idade e das situações, deixaram a sua zona de conforto para ir atrás de novas experiências e de sonhos antigos;
- Recontam essa história num texto com estrutura semelhante à utilizada pela jornalista Susana A. Oliveira, para ser publicado num media da escola ou da comunidade local.
Sugestões complementares
- Organização de uma Assembleia de Escola à distância para debater as expectativas de futuro para os alunos que frequentam o ensino secundário (participação de alunos, professores, pais, representantes da autarquia e de instituições de Ensino Superior).
- Utilizar os media da escola para que os alunos manifestem as suas dúvidas, receios e expectativas quanto ao seu futuro (através de entrevistas, reportagens, podcasts...)
Nota: O jornal PÚBLICO não é escrito segundo o acordo ortográfico de 1990.