O que aconteceu, afinal, à tiara de 4000 diamantes de D. Estefânia?

Investigador acredita ter reconstituído a estrutura, há muito desaparecida, do diadema que D. Pedro V ofereceu à mulher. Uma jóia pesada, que lhe feria a cabeça e que, segundo um dos pequenos mitos que à volta dela se criaram, teria ido com a jovem rainha para o túmulo. Os diamantes já não estão lá.

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Vista superior da estrutura do diadema Teresa Maranhas/Palácio Nacional da Ajuda
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Neste elemento é visível o espigão de ouro que permitia o seu uso como pregadeira Teresa Maranhas/Palácio Nacional da Ajuda
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Proposta de representação da tiara de D. Estefânia na sua forma original Cortesia: João Júlio Teixeira

D. Pedro V e D. Estefânia não se conheciam quando casaram por procuração, em Abril de 1858, fenómeno comum entre a realeza europeia. Tinham os dois 20 anos. Cultos e cosmopolitas, apaixonados pelas artes e pelas letras, preocupados com o apoio aos mais pobres e algo reservados, pareciam feitos um para o outro. O jovem monarca, que herdara o trono da mãe, D. Maria II, aos 16 anos, não mostrava grande interesse em casar, mas aceitou a mulher que os reis de Inglaterra, Vitória e Alberto, seus tios, ajudaram a escolher e não se poupou a esforços para receber a princesa alemã em Lisboa, com pavilhões de festa no Terreiro do Paço e ruas engalanadas. 

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