A viagem de um rapaz confinado em si mesmo
Hoje muito pouca gente lê Júlio Dinis, seja pela perversidade da modernidade, seja porque o universo dos seus romances e das suas personagens é mais estranho do que um E.T., seja, acima de tudo, porque é um livro e hoje os livros que não sejam papel pintado estão fora de moda. Fazem mal, não sabem o que perdem.
Júlio Dinis já foi durante muitas décadas um best-seller. As pessoas liam-no não porque fossem obrigadas pela escola (como acontece com os Maias), mas por gosto. Era um autor popular, dando origem a filmes e uma considerável iconografia e cujos “tipos” existem ainda na linguagem comum, desde o “João Semana” ao “senhor Joãozinho das Perdizes”. Isto é tudo passado, porque hoje muito pouca gente o lê, seja pela perversidade da modernidade, seja porque o universo dos seus romances e das suas personagens é mais estranho do que um E.T., seja, acima de tudo, porque é um livro e hoje os livros que não sejam papel pintado estão fora de moda. Fazem mal, não sabem o que perdem.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.