Pouco ou nada é quanto estão a receber os “invisíveis” que fazem a música acontecer
Num meio duramente castigado pelas medidas de confinamento como o das artes do palco, os profissionais dos bastidores estão entre os que enfrentam maiores dificuldades. Sem garantias a curto prazo, é toda uma classe paralisada e sem rendimentos, à qual o apoio extraordinário nem sempre chega.
Em Março, Célia Correia, técnica de luz cuja agenda de trabalho tem estado em branco desde o início da pandemia, como a de muitos dos seus colegas de bastidores, candidatou-se ao apoio financeiro extraordinário à redução da actividade concedido pela Segurança Social. Aguardou pela resposta com expectativa, ansiosa por saber se em Abril conseguiria, com o valor que contava receber, pagar parte da renda da casa, que em Março só ficou saldada porque recorreu a ajuda familiar. Afinal, Abril não foi diferente e no último mês a transferência para o senhorio ficou em espera. Da Segurança Social chegou o aviso de que não seria contemplada porque no ano passado tinha feito alguns trabalhos noutra condição que não a de trabalhadora independente – na altura, e por ter sido celebrado contrato de trabalho, não passou recibo verde.
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