Professores ainda não conhecem conteúdos da telescola

Associação Nacional de Directores lembrou que, até ao momento, o Ministério da Educação divulgou, apenas, a grelha e o calendário das aulas que a RTP Memória vai transmitir. Terceiro período começa já nesta terça-feira.

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Ensino presencial será substituído por sessões de aulas televisivas LUSA/João Relvas

A menos de 24 horas do início do terceiro período lectivo, os conteúdos programáticos das aulas transmitidas pela televisão para os alunos do ensino básico continuam desconhecidos dos professores, lamentaram, nesta segunda-feira, os directores escolares.

“Para os professores poderem organizar melhor as aulas, era importante que soubéssemos quais os conteúdos programáticos que serão exibidos na televisão”, sublinhou à Lusa Filinto Lima, presidente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), esclarecendo que o Ministério da Educação divulgou, apenas, a grelha e o calendário das aulas que a RTP Memória vai transmitir para os alunos do 1.º ao 9.º anos.

Os directores escolares acreditam que a maioria dos docentes vai utilizar esta ferramenta de apoio, que terá maior impacto junto dos cerca de 50 mil alunos que não têm internet ou equipamentos para poder assistir às aulas à distância.

Dirigentes acreditam em melhorias

O representante dos directores escolares acredita que o 3.º período vai correr melhor do que o final do 2.º, em que escolas e famílias começaram a tentar adaptar-se à nova realidade imposta pela propagação da covid-19.

Também Manuel Pereira, presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE), acredita que o 3.º período vai correr melhor, lembrando que, neste momento, os professores estão novamente a entrar em contacto com as famílias e alunos.

“Esta primeira semana de aulas será essencialmente de planificação do trabalho do 3.º período. Serão precisos alguns dias para acertar agulhas”, contou à Lusa Manuel Pereira, explicando que os docentes terão de definir estratégias e planos de trabalho com os alunos.

Para Manuel Pereira, este novo período de aulas não poderá ter um ritmo de trabalho tão intenso como foram as aulas antes da Páscoa: "Estamos todos a trabalhar em maratona, estamos todos a trabalhar em articulação e com muita tolerância”.