Morreu Sarah Maldoror, uma pioneira do cinema africano
Do teatro, meio em que se iniciou como encenadora sob o impulso da Negritude reivindicada por Aimé Césaire, encaminhou-se para o cinema após estudos em Moscovo. Testemunha activa das lutas de libertação anti-coloniais, sobretudo em Angola, defendeu sempre a dimensão política da sua obra.
Era de uma força e de uma tenacidade incríveis na defesa daquilo em que acreditava, sobretudo quando se tratava de dar mais visibilidade à mulher nas lutas anti-coloniais e de levar mais longe a arte e a literatura de autores africanos. Sarah Maldoror, encenadora e cineasta activista, militante, autora de títulos centrais do cinema africano anti e pós-colonial como Monangambé e Sambizanga, morreu esta segunda-feira, aos 91 anos, de covid-19. A notícia foi avançada na rede social Facebook pela jornalista Diana Andringa, citando um comunicado divulgado pelas filhas da cineasta, e confirmada ao PÚBLICO por uma delas, Annouchka Pinto de Andrade. Sofria de problemas cardíacos e tinha sido internada a 29 de Março num hospital de Paris.
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