Covid-19: há mais 26 mortes e mais 1516 infectados em Portugal

O número de casos de infecção subiu 10,9% em relação a quinta-feira. O Norte é a região com mais casos de infecção pelo vírus SARS-CoV-2.

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O Porto é o segundo concelho com mais casos de infecção Paulo Pimenta

Portugal registou até esta sexta-feira um total de 15.472 casos confirmados de covid-19 – um aumento de 10,9% face ao dia anterior – e um total de 435 mortes, mais 26 do que na quinta-feira (um aumento de 6,4%). Os números foram divulgados esta sexta-feira no boletim epidemiológico da Direcção-Geral da Saúde (DGS), actualizado diariamente.

Estão internadas 1179 pessoas e 226 estão nos cuidados intensivos – menos 15 pessoas do que na quinta-feira. Há 233 pessoas que recuperaram, mais 28 do que na quinta-feira – para uma pessoa ser considerada “curada”, são precisos dois testes negativos.

O Norte do país é a região com mais casos: são 8897 casos de infecção e 240 mortes. Ainda assim, o concelho de Lisboa é o que mais casos de infecção tem: são 851, seguindo-se o concelho do Porto com 840 casos. Poderão ser mais, já que estes casos são os que estão registados na plataforma SINAVE, que corresponde a 78% dos casos confirmados por todo o país. 

Quanto às vítimas mortais, 86% das pessoas que morreram tinham mais de 70 anos. Em conferência de imprensa nesta sexta-feira, a secretária de Estado Adjunta e da Saúde, Jamila Madeira, nota que a taxa de letalidade é agora de 2,8% — e 10,5% no caso dos doentes com mais de 70 anos. “Temos de continuar, é um esforço colectivo”, frisou Jamila Madeira, dedicando um “especial obrigada” aos portugueses que têm respeitado as medidas de confinamento, e ao SNS. “O SNS foi capaz, num contexto de fortíssima escassez num mercado internacional, assegurar o fornecimento de equipamento de protecção individual”, notou a secretária de Estado.

Na quinta-feira, tinha sido registado um total de 409 mortes e 13.956 casos de infecção em Portugal – o que correspondia a uma taxa de crescimento de 6,2%.

Idosos em lares devem ser tratados na instituição quando possível

A directora-geral da Saúde, Graça Freitas, destaca que os “lares têm sido grande preocupação” desde o início. “A maior parte das situações de pessoas que têm covid-19 devem ser tratadas em domicílio, e o mesmo se aplica em lares em que estão várias pessoas”, disse Graça Freitas na mesma conferência de imprensa. “As pessoas podem ficar em lares desde que separadas dos restantes residentes”. A questão da densidade populacional nessas residências terá de ser avaliada pelas forças locais, explicou ainda. “A operacionalização das boas práticas é das autoridades territoriais competentes”, reforçou Graça Freitas.

A secretária de estado da Saúde, Jamila Madeira adiantou que a linha SNS24 está a dar resposta a 99% das mais de 15 mil chamadas diárias recebidas e com tempos de espera de um minuto.

 presidente do Infarmed Rui Ivo diz que existiu um reforço de stock na ordem dos 20% dos medicamentos usados para tratar a covid-19, notando que existe uma “necessidade de haver uma maior produção de medicamentos”. Além disto,"foi introduzida alguma flexibilidade na dispensa de medicamentos” com a hipótese de obter medicamentos, até agora apenas acessíveis em hospitais, em farmácias locais. 

Rui Ivo nota ainda que a necessidade de medicamentos como a hidroxicloroquina está a ser monitorizada embora “estes medicamentos ainda não estejam aprovados”. O fármaco, que é usado há muitos anos no tratamento de pacientes com doenças reumatológicas, está a ser administrado a doentes com covid-19 em vários países. Também já é aplicado, em Portugal, em doentes com covid-19, mas apenas nos que estejam internados com insuficiências respiratórias.

Portugal está em estado de emergência pelo menos até 17 de Abril e há restrições de circulação que estipulam que entre as 00h de quinta-feira e as 00h de segunda-feira, dia 13, as deslocações não poderão fazer-se para fora do concelho de residência, salvo em situações autorizadas, como questões de saúde ou de trabalho.

Por todo o mundo, há mais de 1,6 milhões de pessoas infectadas e mais de 96 mil mortes, segundo os números compilados pela agência francesa AFP. Os Estados Unidos são o país mais afectado em número de casos, com 466.299 casos e 16.686 mortos, continuando a Europa a ser o continente com mais casos contabilizados (826.382) e de mortos (66.642). A Itália é o país europeu com maior número de mortes (18.279), seguida de Espanha (15.843), de França (12.210) e do Reino Unido (7978).

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