Festas do Senhor de Matosinhos canceladas
A câmara está a estudar uma alternativa para o dia ser assinalado. Tendo em conta o cenário de pandemia, as festas da Senhora da Hora e do Mártir de São Sebastião também não se realizam este ano.
Este ano, as festas do Senhor de Matosinhos não se realizam. A decisão foi votada nesta terça-feira por unanimidade em reunião camarária. Anteriormente, as festas da Senhora da Hora e do Mártir de São Sebastião já tinham sido canceladas pelo município.
“Por não estarem reunidas as condições necessárias para a sua realização, tendo em conta o cenário de pandemia que se vive no país”, a maior festa do concelho, que se realizaria entre 22 de Maio e 14 de Junho, só voltará em 2021, de acordo com comunicado enviado à imprensa pela autarquia.
“Todos os intervenientes estão conscientes da penalização económica que esta circunstância trará aos operadores deste tipo de festas e romarias”, diz a mesma nota o vice-presidente da câmara, Fernando Rocha, também presidente da Associação para a Animação da Cidade de Matosinhos (ANCIMA) – entidade co-organizadora das festas. O autarca responsável pelo pelouro da Cultura sublinha que, depois de consultadas as autoridades de saúde, “nenhuma outra decisão poderia ser tomada, tendo em conta o quadro que actualmente vivemos”.
Porém, adianta estar a ser articulada com a paróquia “uma fórmula que permita que o Dia do Senhor de Matosinhos, que este ano se celebra a 3 de Junho, seja assinalado”.
Matosinhos regista até esta terça-feira 416 infectados com o novo coronavírus, sendo dois deles o vereador da Educação e da Qualificação Ambiental, Correia Pinto, e a presidente, Luísa Salgueiro, que continua em funções a partir de sua casa, onde permanece em quarentena. A reunião desta terça-feira, à semelhança do que aconteceu na semana passada, quando foi diagnosticada, foi presidida pela autarca via videoconferência.
Já semana passada, as câmaras do Porto e Lisboa, concelhos que registam o maior número de infectados, tinham cancelado as festas de São João e Santo António. Em Matosinhos, diz a autarquia que esta é a primeira vez, em “700 anos de história”, que as festas são “interrompidas”. <_o3a_p>