Covid-19: Adiada 20.ª edição do Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas
Organização está a tentar garantir a apresentação em Lisboa de alguns dos espectáculos previstos ainda este ano, e também na edição de 2021.
A 20.ª edição do Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas (FIMFA), que devia realizar-se em Lisboa nos próximos dias 7 a 24 de Maio, foi adiada, anunciou a organização.
A Tarumba - Teatro de Marionetas, que promove o festival desde 2001, está em conversações com todos os artistas programados para garantir a sua presença em Lisboa, na edição de 2021, e, em simultâneo, para tentar programar ainda alguns dos espectáculos previstos, até ao final deste ano, segundo o comunicado da organização divulgado esta terça-feira.
“No contexto da conjuntura actual da pandemia [da covid-19], o FIMFA anuncia o adiamento da sua vigésima edição, em que o festival celebraria vinte anos seguidos de actividade”, refere a organização do certame, que tem direcção artística de Luís Vieira e Rute Ribeiro.
O festival, que ao longo da sua história tem vindo a promover a marioneta na sua relação com outros campos artísticos, como a dança, as artes visuais, o teatro e a música, preparava-se para uma edição especial com a apresentação de cerca de vinte companhias, mais de vinte espectáculos de sala e de rua, na sua maioria em estreia nacional, além de duas estreias absolutas.
Os seus 108 espectáculos ocupariam vários espaços, como o Teatro Nacional D. Maria II, o São Luiz Teatro Municipal, o LU.CA - Teatro Luís de Camões, o Castelo de S. Jorge, o Museu de Lisboa - Palácio Pimenta, o Teatro do Bairro, o Teatro Taborda, a Cinemateca Portuguesa e o Centro Cultural da Malaposta. O programa incluía ainda actividades complementares, como workshops, masterclasses, exposições, mostras de cinema e encontros com criadores.
“É a primeira vez que o FIMFA é adiado. Mesmo em momentos difíceis, de extrema contenção financeira, foram unidos esforços que permitiram sempre a sua realização anual. Mas agora é tempo de cuidarmos uns dos outros e de respeitarmos o isolamento social, para podermos rapidamente voltar a estar juntos”, afirmam Luís Vieira e Rute Ribeiro, da Tarumba, no comunicado.
“A nossa solidariedade está com os que estão na linha da frente, a lutar contra a epidemia, e com aqueles cujas vidas e trabalhos estão em risco. Desejamos unir os nossos pensamentos com os representantes do sector cultural, festivais, criadores, artistas, bem como com todos os nossos parceiros, para quem os tempos actuais são também de grande incerteza profissional”, conclui a companhia.