Covid-19: DGS alerta para uso indevido de luvas porque pode potenciar contágio

Graça Freitas voltou a destacar que o uso indevido de material de protecção pode ser contraproducente e dar até uma falsa sensação de segurança.

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Graça Freitas LUSA/MIGUEL A. LOPES

A Direcção-Geral da Saúde (DGS) considerou este domingo que o uso de luvas na rua pode ser “contraproducente e dar uma falsa sensação de segurança”, avançando que podo potenciar o contágio pelo novo coronavírus.

“Tem havido formação e muita informação, mas nunca é demais repetir. O uso indevido de luvas pode ser contraproducente e dar uma falsa sensação de segurança. Se estivermos com luvas e tocarmos numa superfície contaminada, o vírus fica nas luvas. Se forem levadas as mãos à cara, o vírus será transmitido”, disse aos jornalistas a directora-geral da Saúde, Graça Freitas, quando questionada sobre o uso do equipamento de protecção pela população em geral.

Graça Freitas voltou a destacar que o uso indevido de material de protecção pode ser contraproducente e dar até uma falsa sensação de segurança.

No caso das luvas, a directora-geral da Saúde afirmou que dão “apenas uma falsa sensação de segurança”, admitindo a possibilidade de serem usadas “uma única vez”, num único ato de contacto, e depois descartadas.

No entanto, aconselhou a população a não usar luvas.

“A principal medida de protecção é a lavagem frequente das mãos e no intervalo da lavagem não tocar na cara, sobretudo no nariz, olhos e boca”, disse, frisando que as luvas, sobretudo “utilizados frequentemente, seguidamente e constantemente só estão a acumular potencialmente vírus de diversas origens”.

Em Portugal, segundo o balanço feito este domingo pela DGS, registaram-se 295 mortes, mais 29 do que na véspera (+11%), e 11.278 casos de infecções confirmadas, o que representa um aumento de 754 em relação a sexta-feira (+7,2%).

Dos infectados, 1084 estão internados, 267 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 75 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 2 de Março, encontra-se em estado de emergência desde 19 de Março e até ao final do dia 17 de Abril, depois do prolongamento aprovado esta semana na Assembleia da República.