Covid-19: mais de 100 doentes internados nos privados e 200 seguidos em casa

Secretário de Estado da Saúde afirmou que a capacidade dos hospitais privados está a ser gerida “de forma escalonada”. Portugal tem mais de mil doentes internados.

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Paulo Pimenta

Os cinco hospitais privados dedicados ao diagnostico e tratamentos de doentes de covid-19 têm internados 106 pacientes e estão a acompanhar outros 200, que tiveram alta, no domicílio. Na conferência de imprensa, o secretário de Estado da Saúde afirmou que a capacidade dos hospitais privados está a ser gerida “de forma escalonada”.

De acordo com a Associação Portuguesa de Hospitalização Privada (APHP), os cinco hospitais de primeira linha activados, na passada quinta-feira, para apoiar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) têm um “total de cerca de 330 camas destinadas a doentes com covid-19, incluindo cerca de 80 camas de cuidados intensivos”.

Em comunicado, o presidente da APHP Óscar Gaspar afirma que as unidades privadas, em diversas regiões do país, também “têm dado o apoio solicitado como hospitais de segunda linha, nomeadamente no internamento de doentes que estavam nos hospitais públicos ou no acolhimento de residentes de lares”.

E reafirma a disponibilidade de reforçar a colaboração com o SNS. “Tendo em conta que as necessidades dos portugueses em termos de cuidados de saúde (emergência médica, cirurgias, meios complementares de diagnóstico, internamento, etc) e de modo a garantir tempos de atendimento condizentes com a condição clínica e não sobrecarregar hospitais do SNS, os hospitais privados estão em condições de dar um importante contributo para um aumento assistencial”.

Esta quinta-feira, na conferência de imprensa, o secretário de Estado da Saúde António Lacerda Sales afirmou que estão a gerir “de uma forma escalonada” a capacidade dos hospitais privados. E assegurou que neste momento o SNS tem condições para responder às necessidades. De acordo com o boletim da Direcção-Geral da Saúde, Portugal tem 1042 pessoas internadas – mais 316 que na quinta-feira - e 240 nos cuidados intensivos, mais dez que na véspera.

“Primeiro estamos também a aproveitar a capacidade pública que temos do Serviço Nacional de Saúde, que se encontra felizmente robusto, tem condições para responder agora a uma grande quantidade de necessidades. Mas claro que estamos também já a aproveitar muita da capacidade dos privados e, de uma forma faseada, com certeza vamos aproveitar ainda mais”, disse o secretário de Estado da Saúde. O país tem 9034 casos positivos e 209 mortes contabilizadas.

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